sábado, 26 de agosto de 2017

Marrocos utiliza a confrontação e o caos na tentativa de dividir a União Africana





Maputo, 25 de agosto de 2017 (SPS)- A diplomacia marroquina utilizou uma nova política nos seus esforços permanentes para romper a unidade dos africanos, utilizando a violência e o caos durante a reunião em Maputo, capital de Moçambique, à margem da 6ª reunião ministerial da Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África
A altercação diplomática entre as delegações saharaui e marroquina provocada por Marrocos desde o primeiro dia da Conferência não teve êxitoantes pelo contrario, a atitude marroquina teve que enfrentar uma África decidida a defender  as decisões e princípios da União Africana.

A delegação marroquina, que era chefiada por Nasser Bourita, recorreu ao uso da violência e provocou o caos os elementos da segurança moçambicanos, depois da União Africana ter convencido o seu parceiro japonês a respeitar o direito de todos os países membros da organização. O comportamento pouco diplomático dos membros da delegação marroquina levaram-na a um isolamento político e diplomático.

A cerimónia de inauguração teve lugar sob os auspícios do Presidente de Mozambique, Filipe Nyussi, na presença do Ministro de Negócios Estrangeiros japonês, Taro Kono e representantes do Banco Mundial, do PNUD, do Departamento de Coordenação da ONU com a União Africana e o Vice-presidente da Comissão da União Africana (UA), o Embaixador Thomas Kwesi Quartey, o qual agradeceu ao Japão como parceiro estratégico de África pela sua contribuição construtiva para o êxito desta reunião ministerial respeitando as decisões da UA relativas à participação de todos os Estados membros sem exceção.

Marrocos não teve êxito na sua tentativa de  boicotar a reunião ministerial conjunta entre Japão e a África (6ª reunião ministerial da Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África) realizada na capital de Moçambique, Maputo, entre 23 e 25 de agosto de 2017, o que levou membros da delegação marroquina a tentar agredir  físicamente a delegação saharaui e a do país anfitrião.

No evento participaram países europeus, China, Rússia, o corpo diplomático, grupos económicos regionais, imprensa internacional, empresas japonesas privadas, o setor privado africano, sociedade civil peritos internacionais em desenvolvimento.

Há que que assinalar que Marrocos entrou numa nova dinâmica caracterizada por uma confrontação direta e provocatória com  os órgãos e instituições da União Africana, seus Estados membros, assim como com os seus parceiros e instituições internacionais.

Isto ocorre apenas oito meses depois da adesão de Marrocos à União Africana em janeiro de 2017. Com esta adesão Marrocos pretende alterar as decisões da União Africana relacionadas com a questão saharaui e preparar o terreno para expulsão da República Saharaui do seio da UA.


Sem comentários:

Enviar um comentário