sábado, 21 de outubro de 2017

POLISARIO sublinha que não existe qualquer atmosfera de negociação devido à intransigência marroquino e ao apoio francês


França,20 de outubro de 2017 (SPS)- O Presidente do Conselho  Nacional Saharaui (Parlamento), Jatri Aduh, sublinhou esta sexta-feira que não existe uma atmosfera de negociação enquanto persistirem a intransigência marroquina, o apoio francês e a sistemática repressão diária dos direitos dos saharauis, detenções arbitrárias, repressão diária e saqueio dos recursos naturais da região.

No discurso que proferiu na Assembleia francesa no âmbito do Encontro parlamentar internacional de Solidariedade com o Povo Saharaui, o também membro do Secretariado Nacional da Frente POLISARIO afirmou esperar que o novo Enviado Pessoal encontre suficiente apoio e compreensão por parte da França para facilitar a sua missão.

O responsável saharaui disse durante o encontro internacional organizado pelo grupo parlamentar Paz e Liberdade para o Povo Saharaui em França que todos os obstáculos, a recusa e a intransigência durante mais de 40 anos por parte de Marrocos e dos que estão por detrás de Marrocos, abortaram graças ao valor, à paciência e à determinação do povo saharaui e à sua resistência sob a direção do seu representante único e legítimo a Frente Polisario, e os que estão por detrás de Marrocos, acrescentou Jatri Adduh, não podem influir na força, no prestígio, e no poder das relações do Estado saharaui e da força que goza dentro da União Africana.

Jatri deplorou o facto de todos os esforços das Nações Unidas desde 1991 não tenham conduzido a nenhum progresso.

Depois de recordar que a Frente POLISARIO aceitou o plano de resolução, aceitou o cessar-fogo e todos os esforços de mediação e continua a cooperar de maneira construtiva com a comunidade internacional, a ocupação marroquino – afirmou – é quem coloca obstáculos a qualquer progresso à solução do contencioso, foi ela quem interrompeu o trabalho da Missão das Nações Unidas para o referendo no Sahara Ocidental, desobedeceu às resoluções das Nações Unidas, fechou o território a todos, recusou o ex Enviado Pessoal Christopher Ross e evitou que o anterior Secretário-Geral das Nações Unidas visitasse a região, e inclusive transformou o Conselho de Segurança num meio na sua mão através do apoio de um membro do Conselho, a França.

O chefe do parlamento saharaui apelou aos deputados franceses e ao público presente no Encontro a trabalhar no sentido de inverter a situação em que a França se colocou a si mesma ao apoiar e proteger a ocupação marroquina e a violação dos direitos humanos e a exploração dos recursos naturais saharauis.
SPS


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