sábado, 30 de abril de 2022

Marrocos: ativista Saida Al-Alami condenada a dois anos de prisão

 

Saida Al-Alami


Rabat 29-04-2022 APS – A advogada e ativista marroquina de direitos humanos Saida Al-Alami foi condenada a dois anos de prisão esta sexta-feira por suas postagens nas redes sociais denunciando corrupção e repressão contra jornalistas e ativistas, informa imprensa local.

Um tribunal de Casablanca condenou a ativista Saida Al-Alami a dois anos de prisão e uma multa de 5.000 dirhams (470€), informa a comunicação social marroquina.

O Coletivo de Mulheres Marroquinas contra a Detenção Política, do qual a ativista é membro, havia pedido sua libertação, considerando que "sua prisão (deveu-se a) suas opiniões políticas".

A Amnistia Internacional afirma a 7 de abril que Saida El-Alami foi presa em 23 de março com base em publicações em que denunciava publicamente o assédio policial contra ela e criticava a repressão a jornalistas e ativistas.

“As autoridades marroquinas assediam e intimidam ativistas através de informações judiciais infundadas e acusações forjadas, com vista a silenciar vozes críticas e a bloquear o ativismo pacífico”, assegura a Amnesty Internacional.

"Ela não conseguiu consultar um advogado durante a sua detenção policial, nem durante os primeiros 10 dias de encarceramento", denunciou a ONG.

De acordo com a AI, a ativista foi questionada em particular sobre um post no Facebook, a 22 de março, no qual ela criticava altos funcionários da segurança nacional marroquina.


Sem comentários:

Enviar um comentário