domingo, 28 de abril de 2024

ONU deve garantir direito do povo saharaui à autodeterminação

 

Brahim Ghali, secretário-geral da Frente Polisario e presidente da
República Árabe Saharaui Democrática (RASD)


AbrilAbril - 26 de abril 2024 - O apelo da Frente Polisario ao Conselho de Segurança da ONU foi renovado esta quarta-feira, no âmbito da quarta sessão ordinária do secretariado nacional, que decorre em Chahid al-Hafed (Argélia).

Ao intervir na sessão, Brahim Ghali, secretário-geral da Frente Polisario e presidente da República Árabe Saharaui Democrática (RASD), reafirmou o apelo dirigido ao Conselho de Segurança, no sentido de «tomar medidas urgentes para garantir o exercício do povo saharaui ao seu direito legítimo à autodeterminação e à independência».

No discurso pronunciado, Ghali referiu que tais medidas devem permitir à Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental (MINURSO) cumprir o objetivo para o qual foi estabelecida, «garantindo o direito do povo saharaui à autodeterminação e à independência, através de um referendo livre, justo e transparente», indica o Sahara Press Service (SPS).

Ghali manifestou ainda a «disposição da RASD para encontrar uma solução definitiva para o conflito prevalecente com Marrocos, tendo por base uma solução que respeite os objetivos e princípios da União Africana, em particular o princípio do respeito das fronteiras existentes no momento da independência».

 

Aumentar a coordenação para enfrentar as ameaças à paz

Na abertura da quarta sessão ordinária do secretariado nacional da Frente Polisario, Brahim Ghali renovou igualmente o apelo aos povos e países vizinhos da RASD «para que intensifiquem os mecanismos de consulta, coordenação e cooperação para fazer frente às ameaças à paz, à segurança e à estabilidade na região».

O presidente da República Saharaui explicou que o seu país «tem alertado constantemente, e volta a fazê-lo, para o perigo da abordagem expansionista cega e agressiva do Estado ocupante marroquino, que apenas beneficia os propósitos de conhecidas agendas coloniais e expansionistas».

Deste modo, disse, «torna-se uma ferramenta funcional para espalhar a destruição e estimular a escalada da tensão, especialmente ao apoiar e encorajar as organizações do crime organizado transnacional e os grupos terroristas, inundando a região com as suas drogas».

Ghali alertou também para «transformações preocupantes» nas regiões do Sahel e do Sahara, onde – disse – se verifica «um perigoso aumento de ameaças à segurança», «uma situação de instabilidade», bem como «manifestações de ingerência externa» e a «presença crescente de grupos terroristas».

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