domingo, 8 de maio de 2016

Marrocos utiliza o terrorismo como arma para dissuadir a MINURSO




Muitas surpresas marcaram a primeira semana depois da resolução norte-americana aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU e que exige o restabelecimento total da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental, MINURSO. O Estado Islâmico ameaça atacar a missão.
Infelizmente, a censura imposta aos grandes meios de difusão não permitiu que o público ocidental fosse informado sobre esses acontecimentos.
 Cinco dias depois da adoção da resolução 2285, o Estado Islâmico lançou uma gravação sonora, difundida pela agência de Al Jazeera e a agência espanhola EFE, ameaçando atacar a missão das Nações Unidas no Sahara Ocidental, MINURSO.

Na propaganda difundida na terça-feira passada pela Al Jazeera, os militantes (Tawhid Walyihad) ameaçaram atentar contra todas as delegações da missão da ONU e expulsar os infiéis.

Tal como foi revelado num documento difundido por El CONFIDENCIAL SAHARAUI há alguns meses, o lugar em que teve lugar tal reunião entre funcionários marroquinos e líderes da AQMI, foi o Hotel Prestige, situado na ''Rue Maritime'' na cidade mauritana de Nouadhibou, onde também se encontra situado o consulado marroquino.


Historicamente, esta milícia jihadista manteve uma aliança com a Al Qaeda do Magreb Islâmico. No entanto, nos últimos meses, levantaram-se dúvidas sobre a sua validade. E também sobre a permanência do grupo enquanto tal.

O documento revela que as duas partes acordaram reativar a atividade terrorista em território argelino através do financiamento e fornecimento de armas para pôr em prática os planos que acertaram e que são:

  • Levar a cabo atos terroristas no Sahara Ocidental.
  •  Proporcionar informação sobre qualquer marroquino que se junte ao grupo terrorista.
  •  Ataques terroristas na fronteira entre a Tunísia e a Argélia.
  •  Realizar ataques em solo líbio.
  •  Facilitar o acesso de terroristas que desejem juntar-se ao grupo armado através da fronteira de Marrocos.
  •  Proporcionar apoio em armamento e logístico.
  •  Proporcionar informação aos líderes terroristas do movimento.


Estas revelações demonstram que o governo marroquino tem Relações com os líderes destes movimentos com os quais chegaram a um acordo para semear o terror e reativar a atividade terrorista na região, assim como nos países do Magrebe, como a Tunísia e a Líbia.

Mas até agora era ações secretas, cuja existência Rabat não conhecia enquanto estavam ocorrendo.

No caso do Sahara Ocidental foi dado um passo decisivo: o rei de Marrocos concedeu financiamento e armamento a duas organizações que representam a al-Qaeda do Magrebe islâmico.
O que até agora era um segredo, tornou-se política oficial do país de repressão: o terrorismo.

Fonte: El Confidencial Saharaui

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