Muitas surpresas marcaram a
primeira semana depois da resolução norte-americana aprovada pelo Conselho de
Segurança da ONU e que exige o restabelecimento total da Missão das Nações Unidas
para o Referendo no Sahara Ocidental, MINURSO. O Estado Islâmico ameaça atacar
a missão.
Infelizmente, a censura imposta
aos grandes meios de difusão não permitiu que o público ocidental fosse informado
sobre esses acontecimentos.
Cinco dias depois da adoção da
resolução 2285, o Estado Islâmico lançou uma gravação sonora, difundida pela agência
de Al Jazeera e a agência espanhola EFE, ameaçando atacar a missão das Nações Unidas
no Sahara Ocidental, MINURSO.
Na propaganda difundida na
terça-feira passada pela Al Jazeera, os militantes (Tawhid Walyihad) ameaçaram atentar
contra todas as delegações da missão da ONU e expulsar os infiéis.
Tal como foi revelado num documento
difundido por El CONFIDENCIAL SAHARAUI há
alguns meses, o lugar em que teve lugar tal reunião entre funcionários marroquinos
e líderes da AQMI, foi o Hotel Prestige, situado na ''Rue Maritime'' na cidade
mauritana de Nouadhibou, onde também se encontra situado o consulado marroquino.
Historicamente, esta milícia jihadista
manteve uma aliança com a Al Qaeda do Magreb Islâmico. No entanto, nos últimos
meses, levantaram-se dúvidas sobre a sua validade. E também sobre a permanência
do grupo enquanto tal.
O documento revela que as duas
partes acordaram reativar a atividade terrorista em território argelino através
do financiamento e fornecimento de armas para pôr em prática os planos que acertaram
e que são:
- Levar a cabo atos terroristas no Sahara Ocidental.
- Proporcionar informação sobre qualquer marroquino que se junte ao grupo terrorista.
- Ataques terroristas na fronteira entre a Tunísia e a Argélia.
- Realizar ataques em solo líbio.
- Facilitar o acesso de terroristas que desejem juntar-se ao grupo armado através da fronteira de Marrocos.
- Proporcionar apoio em armamento e logístico.
- Proporcionar informação aos líderes terroristas do movimento.
Estas revelações demonstram que
o governo marroquino tem Relações com os líderes destes movimentos com os quais
chegaram a um acordo para semear o terror e reativar a atividade terrorista na região,
assim como nos países do Magrebe, como a Tunísia e a Líbia.
Mas até agora era ações
secretas, cuja existência Rabat não conhecia enquanto estavam ocorrendo.
No caso do Sahara Ocidental foi
dado um passo decisivo: o rei de Marrocos concedeu financiamento e armamento a duas
organizações que representam a al-Qaeda do Magrebe islâmico.
O que até agora era um
segredo, tornou-se política oficial do país de repressão: o terrorismo.
Fonte: El Confidencial Saharaui
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