Fonte:
Sahara Sevilla - O primeiro-ministro saharaui, Mohamed El Wali Akei,
inaugura hoje, dia 31 de outubro - na Escola Saharaui de Artes – o
ARTifariti 2018 que, após cinco edições baseadas nos acampamentos
saharauis, regressa aos territórios libertados. Foi lá, na cidade
de Tifariti, que nasceram, em 2007, os Encontros Internacionais de
Arte e Direitos Humanos do Sahara Ocidental para tornar visível
através da arte os muros de opressão que escravizam o mundo, entre
eles o chamado Muro da Vergonha que segrega o território Saharaui em
dois trerritório e que foi construído nos anos 80 por Marrocos.
Esta
noite nos acampamentos saharauis são muitos os que se encontram com
artistas locais, colegas de diferentes partes do mundo,
especificamente da Argélia, Colômbia, EUA, Espanha, Itália,
México, Moçambique e Tanzânia. Durante dez dias esse coletivo de
artistas contemporâneos desenvolverá diversos projetos, com
propostas de realidade artística, arte de ação, videoarte, rap e
intercâmbio musical, de fotografia, instalações, pintura mural,
produção de cometas, alquimia espiritual ... um laboratório
colaborativo que combina práticas artísticas e direitos humanos com
o objetivo de influenciar a transformação social em direção a um
modo de vida inclusivo, sustentável e à escala humana.
Estaquinta-feira,
uma caravana de 100 pessoas viajará a Tifariti, onde poderão
conhecer em profundidade a cultura saharaui, através da sua
convivência com famílias nómadas. Irão morar num acampamento que
tem sido chamado de "Frig de la Resistencia" de onde irão
espalhar essa sua experiência online através de ações,
performances, desenhos, vídeos ... Essas peças artísticas vão
construir um documento visual #resistenciaculturalsaharaui que será
entregue à Relatora Especial de Nações Unidos dos Direitos
Culturais, denunciando o processo de aculturação sofrido pelo povo
saharaui nas áreas ocupadas pelo regime de ocupação marroquino que
modifica os seus nomes para apagar a sua identidade ou os proíbe de
montar as suas tendas tradicionais (jaimas).
A
31 de outubro de 1975 regimentos de tanques e blindados do exército
marroquino invadem o Sahara Ocidental ocupando as regiões de Hauza e
Djederia, a ocidente da cidade saharaui de Smara.
O
regime marroquino camufla a invasão militar com a qual começa a
destruir, matar e sequestrar a população saharaui, desviando a
atenção da comunidade internacional para a denominada Marcha Verde
que pôs em em execução, alegadamente civil e ‘pacífica’, que
chega ao posto fronteiriço de Tah, entre Daoura e Tarfaya (Sahara
Ocidental), a 6 de novembro de 1975.
A Marcha Verde constituiu uma manobra de diversão para a invasão militar
A
Espanha como potência colonial do território tem obrigações
claras e, de acordo com o direito internacional, não as cumpriu. A
atitude da Espanha e a sua falta de dignidade constituiu uma traição
ao povo saharaui que ainda hoje sofre com a ocupação e o exílio.
Fonte: EIC Poemario por un Sahara Libre / Europa Press - Representantes do Intergrupo do Congresso de solidariedade com o Sahara Ocidental expressaram o seu descontentamento na terça-feira pela decisão da Mesa do Congresso, adotada com os votos do PP e do PSOE, de vetar a celebração na câmara baixa de um encontro internacional em apoio ao referendo de autodeterminação.
Trata-se de uma reunião entre membros do Parlamento Europeu, das Cortes Gerais (Parlamento de Espanha) e das assembleias autonómicas promovida pela Conferência Europeia de apoio à realização de um referendo sobre a autodeterminação do Sahara Ocidental (EUCOCO).
O Unidos Podemos pediu permissão há uma semana para organizar o evento no Congresso, mas como não houve unanimidade, o presidente do Congresso pediu um relatório. Nesta terça-feira a questão foi novamente debatida e o PP e o PSOE rejeitaram a autorização alegando que os relatórios do ministérios dos Negócios Estrangeiros sugerem que a sua participação poderia afetar as relações com Marrocos. Ambos os partidos formaram uma maioria face aos apoiantes da proposta o Unidos Podemos e o partido Ciudadanos.
Temas em que se unem “como uma lapa”
“É uma interferência ilegítima na ação dos deputados", sublinhou Gloria Elizo, do Podemos, que é a quarta vice-presidente da Mesa e que se opôs à decisão. Fernando Maura, do Ciudadanos (centro-direita), chamou a atenção para o facto de que o PP e o PSOE, tão diatantes em outras ocasiões, "se unem como uma lapa" em certos assuntos.
Para o valenciano Enric Bataller, do Compromis, este veto é um "acto de censura que não se justifica", enquanto o basco Iñigo Barandiaran, do PNV, denunciou que não há precedente em negar espaço para uma reunião entre parlamentares.
Anna Surra, da Esquerra Republicana, não entende esta decisão do Congresso porque a a ação planeada não compromete a política externa da Espanha porque é "uma conversa entre parlamentares".
Publicado
a 27 outubro , 2018 - Fonte e foto: El Día - A Delegação Saharaui
em Espanha criticou hoje o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Josep
Borrell, por referir que a Espanha não tem responsabilidades no
Sahara Ocidental e ignore os problemas causados pela exploração
dos recursos naturais.
Segundo
um comunicado da Delegação Saharaui, "a Espanha continua a ser
'de jure', segundo as Nações Unidas, o potência administrante do
Sahara Ocidental", pelo que "não há lógica" que
diga que apoia a posição da ONU e "defenda na UE acordos que
violam os acórdãos do Tribunal de Justiça da UE "sobre a
exploração ilegal dos recursos naturais do Sahara.
A
Delegação critica que, na sua comparência perante a Comissão de
Relações Exteriores do Senado, o ministro tenha sublinhado que
"estamos alinhados com as Nações Unidas e apoiamos a posição
das Nações Unidas, do seu alto representante, e negociador" e
que o seu trabalho se limite a tentar "que se possam realizar
negociações entre as partes".
Borrell
lembrou que "a Espanha não é considerada potência
administrante" no processo de descolonização do Sahara
Ocidental, e por isso se limita a apoiar os esforços do
Secretário-Geral da ONU ", que é a melhor, senão a única,
coisa que podemos fazer", disse.
Os
19 deputados do Bloco de Esquerda, a terceira maior bancada
parlamentar dos 230 deputados que têm assento na Assembleia da
República Portuguesa, tiveram hoje uma iniciativa inesperada de
solidariedade com o Povo Saharaui. Saíram do Parlamento e
manifestaram da forma que as fotos documentam esse fraternal gesto de
solidariedade.
As
fotos vão correr mundo, e serão vistas com especial carinho nos
territórios do Sahara Ocidental sob ocupação marroquina, entre os
mais de 170 mil refugiados saharauis que sobrevivem nos acampamentos
do deserto de Tindouf (no extremo sudoeste da Argélia) e entre a
diáspora saharaui espalhada pelo mundo, em especial em Espanha.
O
gesto de solidariedade surge num momento em que as autoridades da
Comunidade Europeia tentam desesperadamente encontrar uma ‘formula
mágica’ para
firmar o Acordo de Pesca com Marrocos em
desrespeito
das
sentenças do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE). Aqueles
acórdãos, recorde-se,
declaram expressamente e de forma clara que Marrocos
e o Sahara são dois territórios distintos e separados e que
Marrocos não tem soberania sobre o território do Sahara Ocidental,
pelo
que a
presença marroquina no Sahara Ocidental é uma ocupação militar,
não
podendo nenhum Estado firmar acordos de caráter comercial ou outros
que envolvam aquele território.
Os 19 Deputados do Bloco de Esquerda (BE) frente à Assembleia da República
O
gesto
dos deputados bloquistas é também uma mensagem de determinação
para a Organização das Nações Unidas que no principio de Dezembro
irá promover em Genebra o encontro directo entre as duas partes do
conflito – Marrocos e a Frente Polisario – com vistas a uma saída
para um processo de descolonização que continua por cumprir.
O
Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP) e a
Universidade de Tifariti, nos territórios libertados do Sahara
Ocidental, subscreveram ontem um protocolo que tem como objetivo a
colaboração académica e o desenvolvimento de projetos entre as
duas instituições.
O
reitor da Universidade de Tifariti, Prof. Jatari Anda-la Ahmed Salem,
havia participado anteontem na 1ª Conferencia CEAUP “Sistemas
Educativos na África Ocidental” onde expôs a situação vivida
pelo povo saharaui nos territórios ocupados e nos campos de
refugiados.
A
Universidade de Tifariti é um projeto único no mundo, já que se
encontra nos campos de refugiados saharauis em pleno deserto.
A
conferência e o estabelecimento do protocolo deram a oportunidade de
docentes e estudantes da Universidade do Porto conhecerem a realidade
vivida pela população saharaui e o empenho do governo saharaui no
apoio e desenvolvimento de um ensino de qualidade.
Os
campos de refugiados saharauis existem desde 1975 logo que ocorreu a
invasão militar de Marrocos do território saharaui e são a zona de
África com a mais alta taxa de alfabetização -superando os 90% -
com uma escolaridade obrigatória desde os 3 anos de idade.
Centro
de Estudos Africanos da Universidade do Porto junta-se assim a várias
universidades de Espanha, EUA, Cuba, Venezuela, Polónia, Alemanha,
Áustria, Argentina e Argélia com quem a Universidade saharaui de
Tifariti já tem programas de colaboração.
O
Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP),
atualmente presidido pela Professora La Salete Coelho, é uma
organização de investigação e cooperação multidisciplinar
formada em 10 de Novembro de 1997. Reúne investigadores, docentes e
estudantes de instituições nacionais e internacionais.
Segundo
o Prof. Miguel Silva, da direção do CEAUP, este protocolo não é
simplemente um ato simbólico, mas o início de uma cooperação
efetiva.
Uma
delegação do CEAUP, encabeçada pelo Prof. Maciel visitou os campos
de refugiados no início deste ano.
Fonte: La Vanguardia / Por Adolfo S. Ruiz — A ONU supervisionará
uma "mesa redonda" sobre o Sahara [Ocidental] nos dias 4 e
5 de dezembro em Genebra, com a presença de todas as partes
envolvidas no conflito. O ex-presidente alemão Horst Köhler,
enviado especial do Secretário Geral das Nações Unidas, António
Guterres, já tem confirmação oficial de que Marrocos, Frente
Polisario, Argélia e Mauritânia estarão à mesa.
Os responsáveis das Nações Unidas, Guterres e Köhler, evitam
falar em "negociações" e reduzem a reunião a uma
"discussão", de modo que não propõem uma agenda de
questões, mas pediram às partes que fizessem chegar sugestões e
iniciativas. O prazo para aceitar esta mesa-redonda terminou no dia
20 e Stephane Dijarric, porta-voz do secretário-geral, confirmou a
resposta positiva de todas as partes.
O último ciclo de negociações diretas entre Marrocos e o Polisario
sobre o problema do Sahara remonta a 2012, data a partir da qual não
foram realizados novos contactos. A estagnação da situação levou
Guterres a confiar a Köhler em 2017 a missão de tentar reunir
novamente os marroquinos e os saharauis. O ex-presidente alemão
assumiu a tarefa com absoluta seriedade e diligência, sem regatear
esforços. Entre o final de junho e início de julho, fez um périplo
que o levou a Argel, Nouakchott, Tindouf, Rabat, El Aaiun, Smara e
Dakhla.
A Argélia é a parte que mantém maiores reticências ao encontro
uma vez que o regime de Buteflika continua a defender que o problema
do Sahara é uma questão bilateral entre Marrocos e a Frente
Polisário. Rabat, por sua vez, insiste que a Argélia deve ter uma
representação do mais alto nível "como um parte totalmente
envolvida pelo seu apoio decisivo e indisfarçado à Frente
Polisario".
O anúncio da realização desta mesa de negociação coincidiu com a
divulgação dos dados fornecidos pelo Alto Comissário para os
Refugiados (ACNUR), que cifram em 173.600 o número de saharauis que
atualmente sobrevivem nos campos localizados em Tindouf (Argélia).
Do total de refugiados, 51% são homens e 49% são mulheres, enquanto
um terço do total tem menos de 17 anos de idade.
O número de pessoas que vivem nos campos é uma questão central *
(Ver nota da AAPSO a este respeito), especialmente tendo em vista a
futura realização de um referendo sobre a autodeterminação do
Sahara, como a Polisario reivindica e apoia a Argélia. Os
independentistas saharauis tendem a aumentar o número de habitantes
enquanto o Marrocos, pelo contrário, minimiza a população que
considera "sequestrada", segundo a terminología oficial de
Rabat. Dado que os dados do HCR apareceram filtrados na imprensa
argelina, muitos meios de comunicação marroquinos consideram-nos
"totalmente falsos".
Desde 1975, após a retirada espanhola, Marrocos controla a maior
parte do Sahara Ocidental, uma área desértica de 266.000
quilómetros quadrados e o único território da África pós-colonial
cujo presente e futuro não foram resolvidos.
* Nota da AAPSO:A Missão das Nações Unidas para o Referendo no
Sahara Ocidental (MINURSO) deu por concluído o recenseamento dos
cidadãos com capacidade de participar na consulta popular em Janeiro
de 2000.
Não obstante os entraves, os subornos e o longo arrastar do processo
de recenseamento que Marrocos promoveu, os técnicos da ONU não
permitiram que os cadernos eleitorais fossem invadidos por uma
multidão de falsos saharauis que o reino marroquino pretendia à
viva força introduzir. Das quase 200.000 solicitações apresentadas
– na sua esmagadora maioria apresentadas por Marrocos com vista a
adulterar o Censo Eleitoral a seu favor, só 86.000 corresponderam a
saharauis com direito a votar, ou seja, 13.000 a mais dos que os
incluídos no último censo espanhol realizado em 1974.
El Bachir Khadda está há 35
dias em greve de fome. O preso político saharaui do Grupo Gdeim Izik
está em protesto contra os maus-tratos contínuos, o confinamento
prolongado e a transferência da prisão de Tiflet2, que se encontra
a mais de 1300 quilómetros da sua cidade natal no Sahara Ocidental,
para uma prisão mais próxima da sua família.
A família de El Bachir Khadda
está extremamente preocupada com a situação de risco de vida em
que se encontrar o preso político.
Nas primeiras semanas, Khadda
foi colocado na enfermaria, embora isolado de outros presos, mas de
acordo com as últimas informações disponíveis, ele agora está
sozinho na sua cela “normal”, onde está em confinamento
prolongado desde 16 de setembro de 2017.
A Família apela à comunidade
internacional a agir e responsabiliza as autoridades marroquinas pela
vida de El Bachir Khadda.
A possível morte do Sr.
Khadda, que foi sequestrado pelas autoridades de ocupação
marroquinas em 2010 em El Aaiun, após o desmantelamento do campo de
protesto Gdeim Izik, torturado durante anos, vítima de um julgamento
civil e militar nulos perante a lei, estará nas mãos não só das
autoridades marroquinas, mas também da comunidade internacional que
ficou em silêncio.
Fonte
e fotos: El Saharaui Post / Por Mohamed Salah Larosi
Nesta
sexta-feira tiveram lugar as sessões de sensibilização sobre a
situação dos direitos humanos nos territórios ocupados do Sahara
Ocidental, organizadas conjuntamente pela Diputación de Granada e
pela Delegação da RASD para a Andaluzia. A conferência contou com
a participação da ativista dos direitos humanos Aminatou Haidar e
do presidente da Associação de Familiares dos Presos e
Desaparecidos Saharauis (AFAPREDESA) Abdesalam Aomar Lahsen.
A
conferência foi inaugurada no Palácio de las Niñas Nobles pelo
deputado José María Villegas, a deputada Olvido de la Rosa, o
Delegado do RASD Mohamed Zrug, a presidente da Associação Granadina
de Amizade com a RASD, Gracia Fernández Fernández. Os deputados de
Granada que inauguraram o evento reiteraram o seu firme compromisso e
apoio à luta do povo saharaui.
Por
seu lado, o delegado saharaui para a Andaluzia Mohamed Zrug agradeceu
a todas as entidades organizadoras pela organização do referido ato
e, acima de tudo, por "darem a cara pelo povo saharaui".
A
ativista de direitos humanos Aminatou Haidar falou sobre os Direitos
Humanos no Sahara Ocidental. Na sua intervenção, a ativista fez uma
viagem a partir da mal chamada "Marcha Verde", que
inaugurou a invasão marroquina dos territórios do Sahara,
destacando os crimes contra a humanidade e as violações dos
direitos humanos perpetrados por Marrocos "sistematicamente"
contra a população civil saharaui, até às recentes violações
cometidas contra os manifestantes pacíficos saharauis e a atual
situação dos presos políticos saharauis que estão em greve de
fome nas prisões marroquinas.
Na
sua exposição, Aminatou Haidar apresentou uma série de provas que
desmentem os relatórios da Entidade de Equidade e Reconciliação
(Comissão da Verdade Marroquina). A farsa da comissão da verdade
realizada pelo reino de Aluita carece dos aspetos básicos de uma
comissão de verdade decente; primeiro, não captou a versão
verdadeira dos eventos. Em segundo lugar, os restos das vítimas não
foram entregues. Terceiro, o paradeiro de muitas pessoas
desaparecidas, etc., ainda é desconhecido.
A
militante saharaui salientou como, nos anos 90, as vítimas, os
ex-desaparecidos políticos e os ex-desaparecidos conseguiram fundar
movimentos pelos direitos humanos. Aminatou relatou como esses
movimentos estabeleceram contactos com organizações internacionais
e ONGs para divulgar as graves violações dos direitos humanos
perpetrados contra a população civil saharaui.
Onfreville-l'Orcher,
21 de outubro de 2018 (SPS) -. O advogado da Frente Polisario,
Gilles Devers, disse este
sábado que as empresas europeias que operam nas zonas ocupadas do
Sahara
Ocidental devem escolher entre negociar com a Frente Polisario
ou suspender as suas atividades e retirar-se, relata o jornal
argelino El Khabar.
O Professor Devers
disse no discurso que proferiu na Conferência Internacional sobre os
Recursos Naturais do Sahara Ocidental, que a justiça está com o
povo saharaui, recordando as duas importantes sentenças do Tribunal
de Justiça da União Europeia (TJUE) segundo as quais Marrocos e o
Sahara são dois territórios distintos e separados e que Marrocos
não tem soberania sobre o território do Sahara Ocidental e,
portanto, a presença marroquina no Sahara Ocidental é uma ocupação
militar.
Os dois acórdãos
reafirmaram que só o povo é o único proprietário e soberano dos
seus recursos naturais e que nenhuma transação comercial pode ser
levada a cabo nesta região sem o consentimento do povo saharaui.
Recorde-se que a
Frente Polisario interpôs seis ações judiciais contra grupos
franceses por terem estabelecido filiais nas áreas ocupadas do
Sahara Ocidental, em violação do direito internacional e por crime
de colonização.
Com o apoio da AAPSO-Associação de Amizade Portugal Sahara
Ocidental, vai ser exibido na programação do doclisboa 2018,
uma súmula de documentários feitos pela Equipa Média daquele país.
A exibição terá lugar no dia 23, no cinema S. Jorge - sala
2, em Lisboa, às 21,30h e o debate que se seguirá contará
com a presença de um dos realizadores, Sabbar Bani, que se
deslocará desde os territórios ocupados.
Contamos com a vossa presença e divulgação da sessão!
Foco: EQUIPE MEDIA - 23 OUT / 21.30, São Jorge – Sala 2
Durante a sessão, Sabbar Bani, do coletivo Equipe Media, apresentará
e comentará vários filmes, seguindo-se um debate.
A antiga colónia espanhola do Sahara Ocidental foi ocupada pelo
Reino de Marrocos em 1976, com a anuência da então potência
colonial, a troco de compensações na exploração dos fosfatos e da
pesca, as duas grandes riquezas do território.
O território integra, há décadas, a lista das Nações Unidas de
possessões ultramarinas a descolonizar. Em 1991, as duas partes do
conflito — Marrocos e a Frente POLISARIO — estabeleceram com a
ONU um acordo de cessar-fogo após 16 anos de guerra. O acordo previa
a realização de de um Referendo de Autodeterminação seis meses
depois à população autóctone. Foi então criada a Missão das
Nações Unidas para a Realização do Referendo do Sahara Ocidental
(MINURSO).
27 anos depois, o povo saharaui continua à espera que a ONU
concretize a promessa. O atual Enviado Pessoal do SG da ONU para o
conflito, o ex-presidente alemão Horst Köhler, conseguiu que
Marrocos e Frente Polisario se sentassem de novo à mesa de
negociações, o que acontecerá no início do próximo mês de
Dezembro, em Genebra.
O cinema é uma arma importante na luta dos saharauis – grupos de
ativistas registam, divulgam e denunciam a violência de que são
alvo. A violação dos mais elementares direitos humanos faz parte do
quotidiano. A MINURSO, presente no terreno, é a única missão da
ONU que não tem delegação em termos de vigilância e cumprimento
dos Direitos Humanos no território.
Bani Sabbar – O realizador
É um jovem realizador Saharaui do coletivo Equipe Media. Em 1992,
foi raptado por elementos dos serviços de segurança interna
marroquinos, tendo sido mantido em isolamento total e sujeito a maus
tratos durante seis meses, na prisão Pccimi para presos políticos
saharauis, em El Aaiún. Durante este período, nunca foi acusado e
nunca compareceu diante de um juiz. Esta prisão de alta segurança
foi desmantelada em 2014.
Em 1993, Bani Sabbar foi novamente preso durante dois meses na
prisão "Negra", em El Aaiún, sob o pretexto de perturbar
a ordem pública.
Equipe Media – Coletivo de jornalistas-resistentes
A Equipe Media nasceu em 2009 com o propósito de documentar e
difundir a opressão do Povo Saharaui perpetrada pelo ocupante
marroquino. As atividades deste coletivo de jovens Saharauis são
criminalizadas por Marrocos. É um dos poucos grupos de ativistas a
conseguir informar regularmente a comunidade internacional sobre a
realidade vivida nos territórios do Sahara Ocidental, através da
palavra e das imagens captadas e distribuídas clandestinamente.
O seu documentário " 3 Câmaras Roubadas" ganhou o prémio
de melhor curta-metragem 2018 no Festival Internacional de Cinema de
Sulaymaniyah, Curdistão.
O coletivo publica informação sobre o SO ocupado e colabora com a
Amnistia Internacional, Human Rights Watch e outras ONGs
internacionais dedicadas aos direitos humanos.
A maioria dos membros do coletivo Equipe Media foram presos,
torturados, espancados e perderam os seus empregos por causa do seu
ativismo. Banbari Mohamed foi sentenciado a seis anos de cadeia;
Bachir Khada cumpre 20 anos de prisão e Lekhfaouni Abdaiahi foi
condenado a prisão perpétua.
A
vida dos presos politicos saharauis atualmente detidos na prisão
marroquina de Tiflet 2 continua todos os dias ameaçada.
Mohamed
Lamin Haddi, do grupo de
presos do processo de Gdeim Izik — o acampamento da dignidade
saharaui que teve lugar há oito anos atrás — entrou em
coma esta segunda-feira, 15 de outubro, suspendendo assim, de facto,
a greve de fome que havia começado para protestar contra o
isolamento desde a sua transferência em setembro de 2017.
A
vida de Haddi e dos outros três presos politicos do mesmo grupo —
Sidi Abbahah, Bachir Khadda e Mohamed Bourial — permanecem nas mãos
da administração da prisão de Tilfet, que parece agir com
impunidade.
Mohamed
Bourial, assim que chegou na segunda-feira, à prisão de Tiflet, foi
privado de todos os seus pertences e imediatamente colocado em
confinamento solitário. A sua advogada, doutora Ouled, disse-nos que
Bourial continuaria a greve de fome até à morte porque a morte não
poderia ser pior do que a prisão de Tiflet 2.
A
administração penitenciária de Tiflet 2 tornou o regime de
isolamento uma “lei comum” para os presos de Gdeim Izik. O
isolamento prolongado tem consequências muito sérias para a saúde
física e mental desses homens.
Em
vésperas das discussões sobre a renovação do mandato da MINURSO,
a questão de proteger a vida deste grupo ainda não está resolvida.
A terrível tortura a que esses presos são submetidos é a mais
grave ofensa cometida pelo Reino de Marrocos, porque envolve punir,
degradar e matar esses homens de maneira progressiva.
O
preso Sidi Abbahah esteve proibido de enviar queixas a nível
nacional e internacional. Depois de muitos meses, foi-lhe dada uma
caneta, mas a carta que queria enviar para a ONU foi bloqueada pela
administração da prisão.
Mesmo
com escassa informação disponível – os presos só podem
telefonar com a família alguns minutos uma vez por semana e têm
poucas visitas – confirma-se o pior.
Para
proteger a vida destes presos, é urgente que eles sejam
transferidos.
Fonte
e foto: Cuarto Poder / Por Ahmed Ettanji, jornalista do coletivo
Équipe Média
Oito
anos se passaram desde que milhares de saharauis nos territórios
ocupados por Marrocos levantaram o acampamento de Gdeim Izik,
brutalmente desmantelado pelas forças de ocupação marroquinas
Em
outubro de 2010, um levantamento saharaui começou no Sahara
Ocidental ocupado pelo regime marroquino. Foi ergudido um campo de
dignidade que procurou ser ouvido pela comunidade internacional. O
acampamento de Gdeim Izik foi o começo, para o povo saharaui, do que
mais tarde se tornou a chamada Primavera Árabe.
Cronologia do levantamento
A
10 de outubro, um grupo de cidadãos saharauis montaram a primeira
‘jaima’ (tenda tradicional saharaui) no deserto, a oeste de El
Aaiún ocupado. Este ato pretendia ser o começo de um protesto
contra as más condições políticas, económicas e sociais em que
vivem os saharauis desde há mais de quatro décadas sob a ocupação
do regime marroquino.
A
11 de outubro, foi criado o Comité de Saneamento, Limpeza e
Vigilância para organizar o acampamento. A 13 de outubro, o número
da população saharaui instalada no acampamento aumenta, como mais
de 487 ‘jaimas e serca de 7.000 saharauis que chegaram da capital
do Sahara Ocidental para a zona de Gdeim Izik. Ao mesmo tempo, as
forças de ocupação usam armas para proibir a entrada de mais
saharauis e, com isso, cortam o fornecimento de alimentos e remédios,
e começam a fortalecer o bloqueio militar em redor do campo.
A
15 de outubro, enviaram funcionários do Ministério do Interior e
militares para convencer os saharauis de que tinham que abandonar o
campo, uma tentativa que fracassou porque não garantiam nem as
exigências reivincadas nem a integridade física dos manifestantes.
A
18 de outubro, a Frente Polisario informa o Conselho de Segurança da
ONU sobre o perigo que enfrentam os milhares de saharauis que se
deslocam massivamente para Gdeim Izik. As autoridades de ocupação
marroquinas cercam a capital do Sahara Ocidental ocupado, usando
helicópteros para impedir que mais pessoas se desloquem para Gdeim
Izik. Os saharauis do porto de Marsa, a 25 quilómetros de El Aaiún,
erguem mais de 20 ‘jaimas’ para protestar contra as terríveis
condições de trabalho. A falta de trabalho para a população
saharaui é uma estratégia do ocupante para empobrecer e
marginalizar o povo saharaui nos territórios ocupados. Teme-se o
pior, face ao elevado número de efetivos das forças de segurança
deslocados para a zona.
A
19 de outubro, os saharauis de Gdeim Izik apelam à comunidade
internacional a intervir, com o objetivo de romper o bloqueio imposto
pelo exército marroquino e fornecer água, medicamentos e alimentos.
A 20 de outubro regista-se uma forte deslocação de militares,
alguns deles vêm do "muro da vergonha" para reforçar as
medidas de bloqueio no campo. O "muro da vergonha", com
mais de 2.700 quilómetros de extensão que divide o Sahara Ocidental
em dois e é uma das áreas dos planeta com mais minas antipessoal.
Milhares
de saharauis continuam o êxodo em massa para os campos, na periferia
de outras cidades ocupadas, que se reproduzem com Gdeim Izik como
exemplo. A 21 de outubro, as forças do exército marroquino (a
Gendarmaria e as forças auxiliares) cercam o acampamento e proíbem
o acesso aos carros. O exército marroquino começa a construir uma
parede de areia a leste de El Aaiún para impedir o fluxo de
saharauis para Gdeim Izik. Confiscam mais de 40 carros que
transportavam saharauis para o campo.
A
22 de outubro, o exército marroquino ataca mais de 41 saharauis que
tentavam entrar no acampamento. Regista-se um aumento de reforços
militares para cercar os deslocados saharauis. O exército marroquino
fere gravemente três cidadãos saharauis nas proximidades de Gdeim
Izik.
O
exército marroquino impede pela força o deslocamento de centenas de
saharauis nos arredores da cidade ocupada de Dakhla (extremo sul do
Sahara Ocidental). Três saharauis são levados para o hospital de El
Aaiún para receber tratamento após terem ficado gravemente feridos,
vítimas da repressão exercida pelo exército marroquino.
A
24 de outubro, as Forças Armadas de Marrocos disparam contra um
carro que tenta entrar no campo, o que causa a morte de Najem
Elgharhi, um menino de 14 anos e o ferimento grava de outros cinco
ocupantes da viatura.
A
25 de outubro, as autoridades de ocupação marroquinas enterram o
corpo do menor Najem Elgharhi sem o consentimento e a presença de
sua família. A mãe do menino exige uma autópsia ao corpo do seu
filho e uma investigação independente que leve os responsáveis
pelo assassinato à justiça. As autoridades marroquinas impedem a
entrada de jornalistas espanhóis em El Aaiún.
A
27 de outubro, as autoridades de ocupação sequestram três vítimas
do hospital da região vítimas dos disparos dos militares. A 28 de
outubro, as vítimas saharauis do tiroteio relatam que foram
espancadas e torturadas antes de serem levadas para o hospital. Oito
observadores espanhóis são detidos no porto de El Aaiún. Chegavam
de barco vindos da Gran Canarias e são expulsos e impedidos de
chegar ao acampamento de Gdeim Izik.
A
31 de outubro, as autoridades de ocupação expulsam o deputado da
Esquerda Unida (IU), Willy Meyer, e, ao mesmo tempo, expulsam o
presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática. A 3 de
novembro, o número de pessoas deslocadas para o campo chega a mais
de 25.000 e 8.000 ‘jaimas’. As forças de repressão marroquinas
sitiam o aeroporto de El Aaiún, impedindo a entrada de sete
observadores internacionais. As autoridades de ocupação começam os
preparativos para atacar o campo. Lançam uma campanha de propaganda
que descreve o Comité de Diálogo do Campo como "uma gangue que
sequestra mulheres e crianças" para usar como desculpa contra
Gdeim Izik.
A
dia 7 de novembro, os saharauis do campo confirmam, através de um
comunicado, a sua adesão aos princípios nacionais saharauis e a
exigência de independência. As autoridades de ocupação, por sua
vez, detêm três deputados espanhóis no aeroporto marroquino de
Casablanca. Pouco tempo depois são expulsos para Espanha.
Entretanto, proibem a passagem de um comboio de viaturas saharaui que
transporta alimentos e medicamentos para Gdeim Izik. O regime de
ocupação prossegue com uma campanha de prisões e perseguições.
Expulsam um deputado francês. Impedem a entrada no território de um
eurodeputado e de três jornalistas espanhóis. O exército
marroquino cerca o acampamento de Karama e intima por alto-falantes a
população sair, dá-lhes três horas para deixar o acampamento.
A
rede telefónica é cortada no acampamento e na cidade de El Aaiun.
Milhares de soldados, policias armados com cassetetes, gás
lacrimogéneo e camiões com mangueiras de água posicionam-se no
terreno. As entradas e saídas de El Aaiún são encerradas. Grandes
manifestações têm início em El Aaiún exigindo a autodeterminação
e a condenação do bloqueio imposto ao campo.
No
dia 8 de novembro, às 5h da manhã, as forças de ocupação atacam
com enorme brutalidade e desmantelam o acampamento de forma muito
violenta: armados com armas, gás lacrimogéneo, canhões de água,
camiões e 4 × 4, atacam o povo enquanto ele dormia. Atacam
crianças, mulheres, homens, idosos, deficientes e queimam o
acampamento. Saqueiam todos os pertences dos manifestantes, dos
telemóveis, aos portáteis ... Prendem centenas de pessoas e fazem
cerca de 2.000 feridos.
A
resistência transfere-se para El Aaiún. Há manifestações que
também são reprimidas com novas armas: os colonos marroquinos que
são transportados dentro de camiões militares. Têm também a ajuda
de um helicóptero. Saqueiam casas, torturaram muitas pessoas,
saqueiam e incendeiam lojas de saharauis. Matam dois saharauis (Babi
Gargar e Brahim Doudi), prendem centenas de pessoas, deixando muitas
vítimas feridas na estrada. Levam para a Prisão Negra de El Aaiún
mais de 200 saharauis e 24 presos saharauis são levados para
julgamentos militares em Marrocos.
El
Aaiún vira uma cidade fantasma. Ninguém sai de suas casas com medo
de represálias e detenções arbitrárias. Os comandos das forças
marroquinas arrombam muitas casas, detêm muitas pessoas e causam
muita destruição nas casas dos saharauis. Alguns dos detidos são
libertados depois de serem torturados e violados em locais secretos.
Nova
York, 12 de outubro de 2018 (SPS) - Sidi Mohamed Omar, representante
da Frente Polisario nas Nações Unidas, reuniu-se ontem com Sacha
Sergio Llorenti Soliz, representante permanente da Bolívia junto às
Nações Unidas e atual presidente do Conselho de Segurança.
A
reunião, que teve lugar na sede do Conselho de Segurança no
edifício das Nações Unidas, faz parte das várias reuniões que o
representante da Frente Polisario junto das Nações Unidas está
atualmente a realizar com os membros do Conselho de Segurança na
sequência da apresentação do relatório do Secretário-Geral das
Nações Unidas sobre a situação do Sahara Ocidental, apresentado
ao Conselho de Segurança no passados dia 3 de outubro. 2018, e as
deliberações que deverão ser tomadas pelo Conselho sobre a
renovação do mandato da MINURSO, que expira no final deste mês.
A
reunião constituiu uma oportunidade para explicar o ponto de vista
saharaui expresso na recente carta enviada pelo representante da
Frente Polisário às Nações Unidas ao actual Presidente do
Conselho de Segurança, que foi distribuída como documento oficial a
todos os membros do Conselho.
Importa
recordar que o Conselho de Segurança realizou ontem uma reunião à
porta fechada, durante a qual ouviu a intervenção de Colin Stewart,
representante especial do Secretário-Geral para o Sahara Ocidental e
chefe da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara
Ocidental. (MINURSO), sobre os últimos desenvolvimentos a nível
político e no campo, bem como as perspetivas do processo político.
O
último relatório do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, ao
Conselho de Segurança, tornado público na passada 4.ª feira
critica Marrocos, em particular, na questão dos direitos humanos, ao
fazer uso da tortura nos territórios saharauis ocupados.
Por un Sahara Libre – 06-10-2018 - O
preso político saharaui Mohamed Lamin Haddi, do grupo Gdeim Izik,
actualmente detido na prisão de Tiflet 2, em Marrocos, iniciou uma
greve de fome a 5 de Outubro contra o assédio diário, os
maus-tratos e o confinamento prolongado a que está sujeito desde a
sua transferência em 2017 da prisão de El Arjat. Durante a sua
última greve de fome, Mohamed Lamin Haddi recebeu a promosse de que
seria transferido para uma prisão mais próxima da sua família no
Sahara Ocidental, e também que poderia estudar e receber os cuidados
médicos necessários, promessas que não foram mantidas pelas
autoridades marroquinas.
Todos os prisioneiros do Grupo Gdeim
Izik atualmente encarcerados em Tiflet2 estão em greve de fome.
Mohamed Lamin Haddi juntou-se assim a Abdallahi Abbahah, que iniciou
a sua greve de fome no dia 1 de outubro e a El Bachir Khadda, que
começou a sua greve no dia 18 de setembro.
Os prisioneiros estão sem contacto
humano significativo há meses, vítimas de tortura psicológica,
assédio e maus-tratos. Estão em celas com o mínimo necessário,
sem forma de passar o seu tempo, olhando para as paredes 22 horas ou
mais sob confinamento prolongado.
Os guardas da prisão, sob instruções
estritas da Administração Prisional, “revistam” as celas desses
prisioneiros políticos quase diariamente e Abdallah Abbahah foi
atacado fisicamente.
Apesar das numerosas queixas feitas
pelos prisioneiros, as famílias e a sua advogada Maitre Ouled à
administração da prisão, ao procurador geral, à CNDH e outras
autoridades marroquinas, o tratamento destes prisioneiros tem piorado
diariamente.
As famílias responsabilizam o Reino
de Marrocos pela saúde e a vida destes presos políticos.
Abdallahi Abbahah está numa cela de
isolamento desde o início de sua greve de fome e El Bachir Khadda
está sozinho numa cela na enfermaria.