segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Abdelkader Taleb Omar: a guerra contra o ocupante marroquino estender-se-à às Zonas Ocupadas

 

Abdelkader Taleb Omar

O embaixador saharaui na Argélia, Abdelkader Taleb Omar, em entrevista à Radio Algerie, reiterou que a guerra contra o ocupante marroquino se estenderá às zonas ocupadas do Sahara Ocidental.

“A Frente Polisario esperou mais tempo do que deveria e chegou à conclusão de que a ação militar é que vai fazer a diferença e vai corrigir o desvio, após a violação sucessiva por Marrocos do que foi acordado em 1991”, disse Taleb Omar quando questionado sobre a resposta saharaui.

O diplomata saharaui revelou que “a Frente Polisario e o Governo saharaui alertaram as Nações Unidas para a periculosidade das intenções de Marrocos e o seu desprezo pela reacção do povo saharaui. A Polisario advertiu Marrocos que se cruzasse o muro da vergonha ou cometesse agressão contra manifestantes civis, isso significaria o fim do cessar-fogo. Foi isso o que aconteceu " - afirmou.

“Após os acontecimentos em Guerguerat, estamos em guerra com o ocupante marroquino. Continuam os bombardeamentos do Exército saharaui contra as posições militares marroquinas e o povo saharaui está entusiasmado com o desafio da guerra e do sacrifício pela causa ”, acrescenta Taleb Omar.

Por outro lado, o diplomata argumenta que “a experiência da guerra foi o factor que obrigou Hassan II a reconhecer o referendo e os direitos do povo saharaui, após ter negado a existência de uma causa e de um povo”.

“O novo regime marroquino necessita de uma lição como a que foi dada a Hasan II”, diz Taleb Omar.

No mesmo contexto, o embaixador saharaui na Argélia argumenta que “o que se passa vai criar uma nova dinâmica. A guerra espalhar-se-à por todas as partes das Zonas Ocupadas ”.

Relativamente ao plano de resolução, o diplomata reiterou que "Marrocos tentou esvaziar o plano das Nações Unidas do seu conteúdo, o que fez reagir o povo saharaui".

Abdelkader Taleb Omar, acrescentou, por último, que a agressão marroquina veio depois de o Makhzen (o poder ligado ao palácio real) ter pensado que as potências internacionais estão com a sua tese.

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