“10 de Maio de 1973, dia grande para a Frente Polisario”
“10 de Maio de 2021: Resistência, luta e consolidação do projeto nacional, a República saharaui, RASD”
Diario La Realidad Saharaui, 10/05/2021 — Com estas palavras celebrou-se hoje (ontem) o 48º aniversário do nascimento do único e legítimo representante do povo do Sahara Ocidental, a Frente Polisario, nos territórios libertados e nos acampamentos saharauis. Na ausência do Presidente da República, Brahim Ghali, que se encontra em Espanha a recuperar do Covid.
As várias componentes da organização política da Frente Polisario apelaram esta segunda-feira, por ocasião do 48º aniversário da criação da Frente Polisario, a "cerrar fileiras e reforçar a coesão nacional para alcançar as aspirações dos saharauis à liberdade e à recuperação da plena soberania nacional sobre todo o território saharaui".
A cerimónia oficial do aniversário, em que participaram muitos dirigentes políticos e militares saharauis, teve lugar durante uma conferência organizada pelo Secretariado da organização política da Frente Polisario, na sede da juventude saharaui em Chahid El Hafed, na presença do Primeiro-ministro do governo saharaui, Bucheraya Hamudi Beyun, e de membros do Secretariado Nacional, do Governo e do Estado saharaui.
O evento foi marcado pelas intervenções de vários representantes das componentes da organização política saharaui, especialmente a ala militar que lidera a guerra nas frentes contra Marrocos. O Comissariado Político do Exército Saharaui, o Ministério dos Territórios Ocupados e Comunidades Saharauis, a unidade política e administrativa de Chahid Hafed, assim como várias organizações populares e da sociedade civil saharaui, relações externas e o Secretariado da organização política da Frente Polisario.
As intervenções dos dirigentes saharauis e das novas gerações centraram-se no processo de luta de libertação do povo saharaui, sob a liderança da Frente Polisario e da República saharaui, RASD. Unanimidade no cerrar fileiras e coesão nacional até à realização das aspirações de liberdade do povo saharaui e à recuperação da sua plena soberania sobre os seus territórios ocupados pelo regime marroquino.
As diferentes intervenções apelaram à continuação da luta armada na sequência do fracasso da ONU, após 30 anos de diligências diplomáticas sem qualquer resultado, para encontrar uma solução para o conflito saharaui, apelando aos saharauis a "participar nesta batalha até à vitória final". Os dirigentes saharauis sublinharam a resistência dos heróis da intifada saharaui contra a ocupação nos territórios ocupados e recordaram o seu apego à memória dos presos civis saharauis que definham nas prisões marroquinas em heróica resistência contra o regime ocupante.
Por seu lado, a Comunidade saharaui na Europa, Sul da Argélia e Mauritânia esteve muito presente nas suas zonas de exílio para levantar a voz da luta saharaui e contribuir como um braço essencial para celebrar um projecto comum pelo qual os saharauis não se rendem há 48 anos.
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