quarta-feira, 12 de maio de 2021

A repressão marroquina contra os ativistas saharauis do CODESA chega ao Departamento de Estado e ao Senado norte-americano.

 


ECS. Washington. | Global Liberty Alliance, uma organização americana, contactou o Departamento de Estado dos EUA e o Senado dos EUA sobre o caso do rapto e tortura do chefe da Associação dos Defensores dos Direitos Humanos Saharauis (CODESA) Babouzeid Mohamed Saeed Al Bahi e dos seus colegas ctivistas, Salek Baber e Khaled Boufriwa. A organização também apresentou um pedido ao Departamento de Estado norte-americano para exigir que Marrocos se submeta e respeite as obrigações internacionais que lhe são impostas e respeite os direitos básicos do povo saharaui nos territórios ocupados.

No mesmo contexto, a Global Liberty Alliance afirmou que terá a tarefa, juntamente com outras organizações, de defender estas questões e trabalhar em conjunto com o CODESA para responsabilizar os culpados deste ato criminoso e de outros atos cometidos contra civis saharauis.

A organização norte-americana também alertou para o aumento das violações dos direitos humanos pela ocupação marroquina contra o povo saharaui desde a declaração ilegal do antigo Presidente Donald Trump, acrescentando que a nova administração norte-americana deve deixar claro a Marrocos que o acordo de Dezembro com a administração anterior não constitui uma autorização para que viole os direitos básicos do povo saharaui sem responsabilidade e sanções.




Nos últimos dias, a repressão marroquina atingiu figuras proeminentes no ativismo saharaui, com ataques violentos e rusgas a casas. Activistas das associações saharauis CODESA, ISACOM e a Associação de Vigilância da Riqueza e do Ambiente do Sahara Ocidental. Um dos últimos a sofrer a brutalidade das forças de repressão marroquinas foi Babouzeid, presidente do CODESA, e os ativistas Salek Baber e Khalid Boufraioua, que foram raptados durante a rusga à casa de Sultana Khaya. Foram torturados enquanto estavam algemados e abandonados no deserto, a cerca de 120 km a norte da cidade ocupada de Bojador.

A repressão marroquina intentifica-se paralelamente ao conflito armado. A situação actual não parece melhorar, infelizmente e o povo saharaui continuará exposto às atrocidades do regime marroquino sob o manto de impunidade concedido pelo silêncio da comunidade internacional.

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