Espaço de informação e debate promovido pela Associação de Amizade Portugal - Sahara Ocidental.
Pelo direito à autodeterminação do povo Saharauí.
terça-feira, 30 de novembro de 2021
Israel fornece a Marrocos “drones suicidas” e sistema de defesa aérea Barak 8 numa ameaça ao Sahara Ocidental e à Argélia
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
O regime marroquino engana-se em não ouvir a crescente revolta social
domingo, 28 de novembro de 2021
Human Rights Watch (HRW) denuncia a injustiça do julgamento que condenou o jornalista marroquino Omar Radi
16ª edição do Festival Internacional de Cinema do Sahara (FiSahara) prolonga-se até ao dia 1 de dezembro
As empresas multinacionais de energia devem deixar "imediatamente” o território ocupado do Sahara Ocidental
Bruxelas
(APS) 28/11/2021 – As empresas internacionais de energia que operam nos
territórios saharauis devem deixar "imediatamente" o solo saharaui
ocupado, exige a Western Sahara Resource Watch (WSRW) no seu último relatório
sobre projectos marroquinos de energias renováveis no Sahara Ocidental.
No
relatório, intitulado "Greenwashing
the Occupation", a ONG apela à Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC) e aos seus Estados Partes para
"contestar os relatórios climáticos sistematicamente errados de
Marrocos", observando que Marrocos, a potência ocupante do Sahara Ocidental,
"utiliza energia verde para embelezar a sua ocupação".
Estimando
que até 2030, "metade da energia eólica de Marrocos poderá ser produzida
ilegalmente no Sahara Ocidental ocupado", enquanto a sua quota de energia
solar "poderá então atingir 32,64% da sua capacidade solar total", o
WSRW recorda que o país está, no entanto, a instalar o que é até à data "o
maior projeto energético em territórios ocupados".
Este
é, segundo o Observatório, "mais um passo em frente no seu plano global
para construir infraestruturas controversas em terrenos que ocupa
ilegalmente".
O
Observatório apela ao governo marroquino a "respeitar a legalidade
internacional e a abster-se de realizar projetos de infraestruturas num
território sob ocupação, sem o consentimento do povo saharaui", e a
"permitir aos observadores internacionais, incluindo a ONU e as
organizações internacionais de defesa do clima e dos direitos humanos,
visitarem o território ocupado de forma independente e sem impedimentos".
Sahara
Ocidental...um Eldorado para a energia
A energia produzida em terras saharauis ocupadas "aumenta a dependência de Marrocos do território que ocupa", afirma o WSRW no seu relatório, sublinhando que estes projetos "sabotam fundamentalmente" os esforços de paz das Nações Unidas no Sahara Ocidental com vista a permitir a expressão do direito do povo saharaui à autodeterminação.
"A
energia é utilizada por indústrias que pilham os recursos não renováveis do
território e oferecem oportunidades de emprego que atraem mais colonos de
Marrocos. Também poderia eventualmente ser exportado para o estrangeiro,
inclusive para a UE", lamenta a organização, expressando surpresa por o
país se apresentar internacionalmente como "o melhor da classe em energia
renovável", enquanto que os Estados "apenas devem apresentar os
esforços empreendidos no seu próprio território, e não fora das suas
fronteiras".
"Marrocos
está a mudar para a energia solar e eólica para satisfazer as suas necessidades
energéticas e reduzir a sua dependência das importações de energia", diz o
observatório, observando que no Sahara Ocidental ocupado "o potencial é
enorme".
A
energia produzida pelos grandes projetos solares e eólicos no Sahara Ocidental
fornece a energia necessária às grandes indústrias, o que tem
"consequências dramáticas" para o povo saharaui, observa o WSRW.
Presença de empresas internacionais... sem argumentos válidos
Segundo
a ONG, "nenhuma das empresas envolvidas na indústria das energias
renováveis no Sahara Ocidental, incluindo as mais envolvidas - a empresa
italiana Enel e a espanhola Siemens Gamesa - indicou se tentaram sequer obter o
consentimento da população do território".
Para a
organização, "as empresas internacionais utilizam uma combinação de
argumentos para tentar justificar as suas operações no Sahara Ocidental
ocupado, quando nenhum dos argumentos é válido".
Estas
empresas, continua o WSRW, "referem-se a uma chamada 'consulta' dos
'interessados' ou 'população' locais", que considera "exatamente a
mesma abordagem defeituosa adotada pela Comissão Europeia nos seus acordos
comerciais e de pesca com Marrocos".
Mohamed Eluali Akeik, Chefe do Estado-Maior do exército saharaui: “A guerra com Marrocos continuará”
"Não podemos continuar nesta situação confusa se não tivermos garantias de que o futuro do nosso povo será determinado por ele e por mais ninguém".
"O exército marroquino quer repetir o que aconteceu no início da invasão, a eliminação de todos os seres vivos, sejam eles animais ou humanos".
"Ao longo dos 46 anos de ocupação marroquina, todos os peritos em direito internacional deixaram claro que o Sahara Ocidental não é Marrocos".
sábado, 27 de novembro de 2021
Frente Polisario apela à juventude mundial a reforçar o seu apoio à causa saharaui
quinta-feira, 25 de novembro de 2021
Sultana Khaya "Prémio APDHE Direitos Humanos 2021"
A ativista saharaui dos direitos humanos Sultana
Jaya (Khaya) foi galardoada com o "Prémio APDHE Direitos Humanos
2021". Este prémio é um reconhecimento da sua luta contínua e pacífica
pelos direitos do povo saharaui e contra a ocupação cruel e ilegal do Sahara
Ocidental pelo Reino de Marrocos.
A Asociación Pro Derechos Humanos de España (APDHE), nos seus mais de 40 anos de actividade, tem vindo a reconhecer anualmente o trabalho de outros que, como a própria APDHE, lutam pela defesa dos Direitos Humanos.
Através de três categorias, nacional,
internacional e jornalismo, a APDHE premeia indivíduos, organizações e
instituições que têm vindo a desenvolver ações e a trabalhar pelo respeito dos
Direitos Humanos com a máxima integridade e generosidade.
Desde a sua juventude, Sultana Jaya (Khaya)
tem-se oposto à ocupação marroquina, e desde a sua participação na intifada
saharaui de 2005, tem sido vítima de desaparecimento forçado, interrogatório
ilegal e tortura, e tem mesmo sido exilada. Em 2007, foi brutalmente atacada
pela polícia marroquina e perdeu um olho, e desde então tem sofrido
repetidamente a repressão das autoridades marroquinas.
Sultana é membro da Instância Saharaui Contra a
Ocupação Marroquina (ISACOM), organização presidida por Aminetou Haidar que
sensibiliza e denuncia a situação do povo saharaui, defendendo o seu direito à
liberdade, independência e dignidade.
Desde que o cessar-fogo marroquino foi quebrado
em novembro de 2020, Sultana Jaya tem estado sob prisão domiciliária ilegal, a
polícia marroquina tem cercado a sua casa e ela e a sua família têm sido
vítimas de vários maus tratos físicos e psicológicos. A sua detenção foi
condenada por organizações como Human Rights Watch, Amnistia Internacional e
Frontline Defenders como arbitrária e uma violação grosseira dos direitos
humanos.
Guerra no Sahara Ocidental: Comunicados militares nº.s 373 a 378
O Ministério de Defesa da RASD emitiu nos últimos
seis dias os comunicados 373, 374, 375, 376, 377 e 378, referentes aos seis
últimos dias de combates contra o exército marroquino ocupante. Neles se
assinalam um evidente recrudescimento dos ataques do Exército de Libertação do
Povo Sahara (ELPS) contra posições marroquinas no interior do muro militar que
divide Sahara Ocidental.
Comunicado militar n.º 373
Sábado 20 novembro 2021
01 e 02 - Bombardeamentos concentrados contra as posições
entrincheiradas das forças inimigas na zona de Rus Al-Sabti e de Udei Um Rukba,
ambas no setor de Mahbes (nordeste do SO).
Sexta-feira 19 de novembro 2021
03 e 04 – Destacamentos do Exército de Libertação
Saharaui atacaram de madrugada com fogo de artilharia madrugada posições das forças
invasoras marroquinas nas áreas de Laagad e de Sebjet Tanushad, ambas também no
setor de Mahbes.
Domingo
21 novembro 2021
01 – forte bomberdeio contra as forças marroquina
na zona de Fadret Lamers, na região de Hauza (norte do SO).
Sábado, 20 novembro 2021
02 e 03 – Também no final do dia forças do ELPS bombardearam
posições marroquinas nas zonas de Rus Sebtie e de Udey Um Rukba, ambas no setor
de Mhabes.
Comunicado militar n.º 375
Segunda-feira 22 novembro 2021
01 – Bombardeamento de forças de ocupação na zona
de Fadrat Al-Tamat no setor de Hauza (norte do SO);
02 – Bombardeamentos por duas vezes de forças ocupantes
na zona de Um Edeguen no setor de Baggari (centro do SO)
03 – Bombardeio de posições entrincheiradas
inoimigas na zona de Sabjat Tanushad, no setor de Mahbes.
Comunicado militar n.º 376
Terça-feira 23 novembro 2021
01 - Bombardeio concentrado contra as posições das
forças de ocupação marroquinas na região de Tajalit, setor de Um Draiga (centro
do SO).
02 - Bombardeio visando posições marroquinas na
região de Graret Uld Blal, no setor de Mahbes (nordeste do SO).
Segunda-feira 22 novembro 2021
03 – Bombardeamento de forças de ocupação na zona
de Fadrat Al-Tamat no setor de Hauza (norte do SO);
04 – Bombardeamentos por duas vezes de forças
ocupantes na zona de Um Edeguen no setor de Baggari (centro do SO)
05 – Bombardeio de posições entrincheiradas
inoimigas na zona de Sabjat Tanushad, no setor de Mahbes.
Comunicado militar n.º 377
Quarta-feira 24 novembro 2021
01 – Intenso bombardeio de posições das forças
ocupantes na zona de Fudrat Al Tamat, na região de Hawza (norte do SO).
Terça-feira 23 novembro 2021
02 - Bombardeio concentrado contra as posições
das forças de ocupação marroquinas na região de Tajalit, setor de Um Draiga
(centro do SO).
03 - Bombardeio visando posições marroquinas na
região de Graret Uld Blal, no setor de Mahbes (nordeste do SO).
Comunicado militar n.º 378
01 - Bombardeio intenso das trincheiras das
forças de ocupação na zona de Sabjat Tanushad, setor de Mahbes.
02 - Bombardeamento concentrado das FAR
marroquinas na área de Gueret Ould Blal, também no setor de Mahbes.
Quarta-feira 24 novembro 2021
03 - Bombardeada a zona de Fudrat Al Tamat, na
região de Hawza (norte do SO)
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
Espanha denuncia uma "ocupação ilegal das suas águas territoriais" por Marrocos.
terça-feira, 23 de novembro de 2021
"Projecto Pegasus": ativista da autodeterminação do Sahara Ocidental espiado na Bélgica
Foto do ativista espiado pelo Pegasus (imagem de Ecsaharaui) |
Sahara Ocidental: porta-voz do Departamento de Estado dos EUA põe fim à controvérsia sobre a posição de Washington
Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA |
O Secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, recebeu ontem em Washington o MNE marroquino, Nasser Bourita |