A generalidade da população em Marrocos continua entregue à sua própria sorte. O Estado não protege minimamente a sua população, nem mesmo aqueles que são força de trabalho activa.
Segundo dados tornados públicos pelo Alto Comissariado para o Planeamento (HCP), organismo oficial marroquino, apenas um quarto da população ativa (25%) beneficia de cobertura médica ligada ao emprego em 2021: 37,4% nas cidades e 7,9% no campo.
Os trabalhadores empregados na indústria têm uma taxa de cobertura médica de 45,4%, seguidos pelos do setor dos serviços com 36,9%, da construção e obras públicas com 11,7% e da agricultura, silvicultura e pesca com 4,6%, diz o HCP.
Os pobres são os mais desprotegidos, como está bem de ver. A percentagem de pessoas empregadas com um esquema de cobertura médica melhora à medida que o nível de educação aumenta, salienta o HCP, observando que entre as pessoas sem educação essa taxa é de apenas 10,5% enquanto que entre as pessoas com educação superior ela é de 72,9%.
Pouco menos de metade, ou 45,4%, dos empregados têm cobertura médica fornecida pelo seu empregador, com 53,3% nas zonas urbanas e 23,4% nas zonas rurais, e 58,8% entre as mulheres contra 42% entre os homens. Para os trabalhadores independentes, esta percentagem é de apenas 4,2%, acrescenta o HCP.
De acordo com a mesma informação, quase uma em cada quatro pessoas empregadas, ou 24,4%, está filiada num sistema de pensões, representando 37,1% nas zonas urbanas e 6,8% nas zonas rurais. A taxa de cobertura por um sistema de pensões é ligeiramente mais elevada entre as mulheres do que entre os homens, com 28,7% e 23,1% respectivamente.
Se o panorama é este entre aqueles que «oficialmente» têm trabalho, ele agrava-se substancialmente se se tiver em conta a população que não tem trabalho «oficial»…
(fonte: Yabiladi.ma)
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