segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Defensores dos direitos humanos saharauis e familiares de presos do acampamento de Gdeim Izik recebidos pelo conselheiro político da embaixada norte-americana em Rabat



Um representante saharaui do Comité de Familiares dos Presos Políticos do grupo de Gdeim Izik visitou una passada quinta-feira, 16 de agosto, a sede da embaixada dos EUA em Rabat, onde foi recebido pelo assessor político da representação diplomática americana, David Greene, e duas funcionárias da mesma secção, estando presentes também representantes da coordenadora saharaui do acampamento "Gdeim Izik".

A iniciativa insere-se numa programada série de reuniões com as principais missões diplomáticas ocidentais acreditadas na capital marroquina para denunciar e dar conhecimento das constantes violações dos direitos humanos cometidos pelo regime marroquino. A delegação fora já recebida na embaixada sueca onde manteve uma reunião com a vice-embaixadora sueca, Margarita Christiansen.

Na reunião com o diplomata norte-americano foi tratada a situação dos presos políticos de Gdeim Izik, detidos na prisão marroquina de Salé 2, onde se encontram presos desde novembro de 2010 sem julgamento, expostos a todo tipo de humilhações e privações dos direitos elementares dos prisioneiros.
Na reunião, as famílias dos presos queixaram-se das distâncias que são obrigadas a percorrer para visitar os seus filhos ou familiares, uma vez que vivem nos territórios ocupados do Sahara Ocidental ou nas cidades do sul de Marrocos, percursos extremamente fatigantes e cujos gastos de viagens são substanciais e em circunstâncias, na maioria das quais, acabam por não lhes ser permitido visitar os presos, como vem acontecendo ultimamente.
A delegação também informou o assessor político norte-americano sobre a preocupante situação das violações dos direitos humanos nas zonas ocupadas com a sistemática repressão das manifestações pacíficas que organizam todos os grupos sociais saharauis que reclamam pelos seus direitos.
No final do encontro, o grupo entregou uma carta escrita ao conselheiro político da embaixada dos EUA pedindo ao Estado americano que exerça pressão sobre o seu aliado, a fim de que este respeite os direitos humanos nos territórios ocupados do Sahara Ocidental e liberte todos os presos políticos saharauis.
O conselheiro político da embaixada reafirmou o seu interesse pelo conflito saharaui, escrevendo e enviando relatórios ao Departamento de Estado sobre tudo o que ali sucede e pedindo informação às autoridades marroquinas sobre o dossiê dos presos políticos saharauis e a situação dos direitos humanos no Sahara Ocidental.

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