Segundo o el documento, de 28 páginas, a MINURSO é «incapaz
de exercer plenamente as suas funções de vigilância, observação e informação
sobre a manutenção da paz e não dispõe de autoridade para impedir a erosão» da
sua missão. Face a esta constatação, Ban insta o Conselho de Segurança da ONU a
«garantir que sejam dadas as condições mínimas para o êxito das operações da
missão».
Entre as dificuldades com que enfrenta a missão, Ban destaca
que «há indícios de que, pelo menos em alguma ocasião, foi comprometida a
confidencialidade das comunicações entre os quartéis da MINURSO e Nova Iorque».
Embora, refere o relatório, o pessoal civil da MINURSO tenha
liberdade de movimentos a oeste do muro que divide o território do Sahara
Ocidental de norte a sul, o acesso à população local «está controlado» pelas
autoridades marroquinas, o que lhe impede exercer «uma interação de facto com
todo el espectro dos interlocutores locais».
A linguagem deste ponto foi suavizado devido à pressão de
Marrocos, atual membro não permanente do Conselho de Segurança e estreito
aliado de dois membros permanentes, França e Estados Unidos. O texto anterior,
a que a Reuters teve acesso, indicava que os movimentos do pessoal da MINURSO
estavam «estreitamente vigiados, com os consequentes efeitos negativos».
O representante da Frente Polisario junto da ONU, Ahmed
Bujari, escreveu ao chefe da MINURSO, Herve Ladsous, denunciando esta
modificação no texto, o que, na sua opinião, supor «um golpe fatal na
credibilidade da ONU».
REUTERS
12/04/2012
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