Vista aérea de Dajla, sul do Sahara Ocidental |
O novo relatório "ConflictTomatoes", publicado pelo
WSRW, revela um crescimento maciço da indústria agrícola marroquina no Sahara Ocidental
ocupado e respectivo comércio com a UE.
O relatório 'Conflict Tomatoes'(em inglês) identifica a onze
plantações situadas em redor da Cidade de Dajla no sul do território. A
investigação conclui que todas as explorações agrícolas são propriedade do rei de
Marrocos, de poderosos conglomerados marroquinos ou de empresas multinacionais
francesas. Não existem empresas pertencentes à população local saharaui, nem
sequer a pequenos proprietários colonos marroquinos a residir no Território.
Toda esta industria tem por base a extração de água não
renovável de poços situados a grande profundidade. A exploração está sendo
levada a cabo sem o consentimento do do povo do Sahara Ocidental e, por isso
mesmo, em violação do Direito Internacional, tal como estabelece um relatório
jurídico da ONU.
"as pessoas que trabalham nestas quintas são
marroquinas e não saharauis. Trabalham durante meses, e vivem em casas subvencionadas
pelo governo marroquino. Enquanto isso, a população saharaui de Dajla continua
desempregada", declarou El Mami
Amar Salem, residente em Dajla e Presidente do Comité contra a Tortura no Sahara
Ocidental. As declarações
constam do relatório.
A produção agrícola das quintas sofreu um grande impulso: os
produtos agrícolas produzidos aumentaram cerca de 2800% entre 2002-2003 e
2008-2009. Estima-se que o número de pessoas a trabalhar na agricultura na
região triplique até ao ano de 2020.
WSRW:
14.02 - 2012
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