quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Marrocos ainda não autorizou visita de Relator da ONU


O queniano Maina Kiai, Relator Especial da ONU para os Direitos de Reunião Pacífica e de Associação
Marrocos não autorizou até agora a visita do Relator Especial da ONU para os Direitos de Reunião Pacífica e Associação, apesar do departamento do Relator já o haver solicitado por duas vezes.
Segundo explicou à agência EFE um porta-voz do departamento do Relator, este já havia solicitado em duas ocasiões (2011 e 2013) um pedido para visitar o país, mas não receberam uma resposta favorável por parte do governo marroquino.

Sem que haja um convite oficial de um governo, o Relator não pode realizar uma visita a um país; e, de facto, a página oficial do Relator precisa que há 39 países que não responderam à repetidas pedidos de visita.

A referida fonte afirmou, no entanto, que “nos mantemos atentos à evolução (destas liberdades) independentemente de realizarmos ou não uma visita oficial” a Marrocos.

O governo marroquino defende que a sua política de respeito pelos direitos humanos tem canais abertos com os vários relatores da ONU, muitas vezes citando as já realizadas àquele país norte Africano, entre elas a do Relator sobre Tortura e os Maus Tratos (2012) para o tráfico (2014), entre outras.

Esta política de abertura para com o sistema de Relatores Especiais da ONU tem sido um dos argumentos que Marrocos repetidamente invoca para negar que a Missão da ONU [para o Referendo] no Sahara (MINURSO) tenha competências em matéria de monitoramento dos direitos humanos.

No entanto, os direitos de associação e de manifestação em Marrocos são habitualmente postos em causa pelas organizações de direitos humanos, como a Amnistia Internacional, a Human Rights Watch, que sublinham a dificuldade de muitas associações puderem legalizar-se ou a impossibilidade de se manifestarem se se trata de “pisar” as chamadas “linhas vermelhas” (Deus, Pátria, Rei).


Fonte: lavanguardia.com

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