Sultana Jaya, as forças policiais marroquinas já a cegaram do olho direito, agora injetaram-lhear comprimido no sistema circulatório... |
Os serviços policiais marroquinos
de ocupação andam a injetar ar em alguns manifestantes saharauis detidos, o que
constitui um alto risco de perigosidade para as suas vidas. A gravidade desta injeção
a que são sujeitos manifestantes saharauis foi revelada terça-feira, 28 de
maio, por um médico marroquino que tratou estes casos e que, segundo a Rede Radio
Maizirat, pede para permanecer no anonimato porque a sua vida pode correr perigo.
O médico explicou que a injeção
de ar que a polícia administra nos manifestantes se trata de uma bolha de ar
comprimido, de forma que a agulha transmita uma quantidade de ar nas veias e
que este ar acabe por destruir o tecido celular com o passar do tempo.
O médico marroquino afirmou
que se o paciente se submeter a um exame imediato os resultados serão positivos
numa primeira fase, porque não será possível detetar nada. O perigo surge com o
passar do tempo quando o ar injetado for bloqueando os vasos sanguíneos e afetando
a circulação do sangue, tendo por resultado o coágulo do sangue e a destruição
do tecido celular, com o surgimento de sinais de debilitamento e a
possibilidade de morte num prazo de 5 anos, segundo os casos.
A Rede Radio Maizirat e os
defensores de Direitos Humanos saharauis fazem um apelo urgente às organizações
internacionais competentes para que abram uma investigação sobre esta desconhecida
injeção que afetou dezenas de cidadãos saharauis entre eles a defensora de direitos
humanos Sultana Jaya, o defensor Abd Lekrim Emboirkat, o jovem saharaui Mohamed
Babeir e o ativista de Smara Lehmami Malainin Mojtar.
O ar introduzido no sistema circulatório pode provocar uma trombose, um enfarte ou ter outras graves consequências... |
Nota retirada da Revista ‘Muy
Interesante’: “A entrada de ar num vaso sanguíneo cria bolhas que se movem pela
corrente circulatória. Se a quantidade é pouca será absorbida, mas um volume
grande pode formar bolhas que obstruem artérias e veias, e chega a ser mortal a
partir de 50 cm3.
Quando a punção é feita numa
veia, a embolia de ar usualmente afeta os pulmões; se o ar é injetado numa
artéria, o colapso circulatório geralmente afeta o sistema nervoso central
(hemiplegia) ou o coração (angina de peito, enfarte ). Além disso, há que
referir que o ar contém micróbios e bactérias que a nível intramuscular ou
subcutâneo causam infeções, letais em 30%
dos casos.
Fonte: Rede Info Radio
Maizirat, El Aaiun