(Fonte: ECS) – 19-11-2021 - Segundo o jornal israelita Haaretz, as Indústrias Aeroespaciais israelitas receberam cerca de 22 milhões de dólares de Marrocos como pagamento da venda de drones “suicidas Harop, para serem utilizados no teatro de operações militares do Sahara Ocidental, constituindo igualmente mais um factor de ameaça à vizinha Argélia.
Marrocos prepara-se para a produção de drones no país com tecnologias israelitas, e é provável que uma unidade seja construída no norte e a segunda no sul – revela a própria imprensa marroquina.
De acordo com Israel 24, um comité marroquino-israelita será designado nos próximos meses para investigar a implementação deste projeto, tendo em conta as áreas que possuem as infraestruturas necessárias para acolher o projeto, tais como portos e aeroportos, e tendo também em conta o aspeto da segurança.
Na semana passada, Marrocos e Israel assinaram um acordo de cooperação em matéria de segurança durante a visita do Ministro da Defesa israelita Benny Gantz a Rabat.
Segundo relatórios israelitas, existem discussões avançadas com empresas de Israel sobre vários pontos, incluindo a transferência de tecnologia para desenvolver e fabricar localmente tipos específicos de drones, para além da aquisição por Rabat do sistema de defesa aérea israelita Barak 8, bem como a possibilidade de desenvolver caças F5 e a aquisição de vários drones.
Por seu lado, o Presidente argelino Abdelmadjid Tebboune lamentou o acordo de Marrocos com Israel, sublinhando que "a ameaça de Marrocos à Argélia é uma vergonha e uma vergonha que não ocorre desde 1948".
A declaração de Tebboune surgiu durante a sua reunião com os meios de comunicação locais, onde se referiu a declarações feitas pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros israelita Yair Lapid durante a sua visita a Rabat, nas quais este afirmou: "Partilhamos com o Reino a mesma preocupação sobre o papel da Argélia na região, que se está a aproximar cada vez mais do Irão e está atualmente a liderar uma campanha contra a admissão de Telavive na União Africana como observador".
Marrocos, através do seu representante permanente junto da ONU, o controverso Omar Hilale, acusou a Argélia de procurar uma escalada contra o reino numa tentativa de "escapar a uma situação social e económica perigosa" no país.
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