A ativista saharaui dos direitos humanos Sultana
Jaya (Khaya) foi galardoada com o "Prémio APDHE Direitos Humanos
2021". Este prémio é um reconhecimento da sua luta contínua e pacífica
pelos direitos do povo saharaui e contra a ocupação cruel e ilegal do Sahara
Ocidental pelo Reino de Marrocos.
A Asociación Pro Derechos Humanos de España (APDHE), nos seus mais de 40 anos de actividade, tem vindo a reconhecer anualmente o trabalho de outros que, como a própria APDHE, lutam pela defesa dos Direitos Humanos.
Através de três categorias, nacional,
internacional e jornalismo, a APDHE premeia indivíduos, organizações e
instituições que têm vindo a desenvolver ações e a trabalhar pelo respeito dos
Direitos Humanos com a máxima integridade e generosidade.
Desde a sua juventude, Sultana Jaya (Khaya)
tem-se oposto à ocupação marroquina, e desde a sua participação na intifada
saharaui de 2005, tem sido vítima de desaparecimento forçado, interrogatório
ilegal e tortura, e tem mesmo sido exilada. Em 2007, foi brutalmente atacada
pela polícia marroquina e perdeu um olho, e desde então tem sofrido
repetidamente a repressão das autoridades marroquinas.
Sultana é membro da Instância Saharaui Contra a
Ocupação Marroquina (ISACOM), organização presidida por Aminetou Haidar que
sensibiliza e denuncia a situação do povo saharaui, defendendo o seu direito à
liberdade, independência e dignidade.
Desde que o cessar-fogo marroquino foi quebrado
em novembro de 2020, Sultana Jaya tem estado sob prisão domiciliária ilegal, a
polícia marroquina tem cercado a sua casa e ela e a sua família têm sido
vítimas de vários maus tratos físicos e psicológicos. A sua detenção foi
condenada por organizações como Human Rights Watch, Amnistia Internacional e
Frontline Defenders como arbitrária e uma violação grosseira dos direitos
humanos.
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