sábado, 8 de janeiro de 2011

Grupo dos Sete exige condições que garantam um julgamento justo


Os três activistas saharauis de direitos humanos, Ali Salem Tamek, Hamad Nassiri, Saleh Lebaihi, exigiram condições que garantam um julgamento justo — essa reivindicação foi expressa em carta dirigida ao presidente da Ordem dos de advogados em Casablanca, Marrocos. Estes três activistas estão presos desde Outubro de 2009 após terem visitado os seus compatriotas nos campos de refugiados na região de Tindouf, Argélia. Os outros 4 elementos do mesmo grupo aguardam o julgamento em liberdade provisória. Todos eles mantiveram uma longa greve de fome na prisão de Sale, Rabat.

Na carta, os presos saharauis pedem ao presidente da Ordem de Advogados a "intervir para proteger o seu legítimo direito a um julgamento justo, e advertem para o intento de um grupo de alguns advogados pertencente à Ordem de levar a cabo acções irresponsáveis, em vez de estar a defender as bases de sua profissão, assente no respeito do direito de cada individuo que garanta os requisitos de um julgamento justo".

Os activistas saharauis lembram as agressões físicas e verbais levadas a cabo por um grupo de advogados marroquinos contra os detidos e suas famílias nas sessões de julgamento anteriores.

Por outro lado, os activistas saharauis pedem que seja garantido o seu pacífico direito à livre expressão, salientando que "como advogados nobres se supõe que devem alhear-se de todas as suas divergências políticas e intelectuais, e que defendam os direitos humanos na sua totalidade, assim como o respeito da lei em qualquer parte do mundo".

Recordam que a maioria deles sofreu o sequestro e a detenção arbitrária em muitas ocasiões, e que alguns deles foram galardoados com prémios internacionais no âmbito dos direitos humanos e que todas as organizações internacionais os consideram presos de consciência, reclamando a sua imediata libertação, sem restrições nem condições, finaliza a carta.

(SPS)

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