Após o anúncio do governo marroquino na passada terça-feira de que pretende duplicar o turismo nos próximos 10 anos, ativistas lançaram uma nova campanha cujo objetivo é destacar as violações dos direitos humanos no Sahara Ocidental ocupado e pedir aos turistas a boicotar as férias em Marrocos.
A nova ação, apelidada de "Don't Go to Marocco", foi no passado dia 5 do corrente, em Londres, pelo Western Sahara Campaign and the Free Western Sahara Network numa concentração em Piccadilly. Um punhado de ativistas dedicados enfrentaram temperaturas congelantes fora do escritório da representação do Turismo de Marrocos em Street Regents e dos escritórios da Royal Air Maroc, distribuindo folhetos, denunciando a discriminação, violência e abuso sofrido pela população saharaui sob ocupação marroquina.
No início da semana, o ministro do Turismo de Marrocos, Yassir Znagui, havia anunciado um plano de desenvolvimento turístico nos próximos dez anos em oito regiões, incluindo o Sahara Ocidental.
Cidades na costa atlântica do Sahara Ocidental, como Dakhla, no sul do território, é uma das regiões apontadas como futuros destinos turísticos. O anúncio surge poucas semanas depois dos violentos confrontos no Sahara Ocidental, na sequência da destruição do "Acampamento da Dignidade" pelas forças ocupantes, de que resultou várias mortes, mais de cem feridos e muitas prisões.
"O Sahara Ocidental é um lugar bonito, mas enquanto a brutal ocupação continuar, sentimos que não é um destino adequado para turistas", disse Natalie Sharples da Western Sahara Campaign and the Free Western Sahara Network.
"O povo saharaui enfrenta diariamente a discriminação e ao ter a coragem de enfrentar a ocupação é vítima de abuso, detenção e tortura. Se os veraneantes cionhecerem a situação no Sahara Ocidental estamos confiantes de que muitos escolherão outros lugarares para passarem férias ."
Stefan Simanowitz, informações recolhidas em Londres
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