sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Espanha empenhada em acelerar o espólio no Sahara Ocidental

Miguel Arias Cañete, ministro espanhol da Agricultura, 
Alimentação e Meio Ambiente,
Sobre o espólio das riquezas que o Sahara Ocidental possui escreve-se muito pouco nos meios de Comunicação espanhóis mas, como diz uma colaboradora, “o ministro Arias Cañete volta de novo às andanças com o tema da pesca no Sahara”. E é verdade, o site http://www.FishElsewhere.eu, afirma que o ministro espanhol da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente, Miguel Arias Cañete, está a pressionar a Comissária Europeia da Pesca, Maria Damanaki, para que “acelere o processo de renovação do acordo de pesca entre a UE e Marrocos”.

Arias Cañete — comenta a mesma fonte — “pretende usar o dinheiro dos europeus para espoliar ilegalmente a pesca em águas do Sahara Ocidental ocupado”.

Por outro lado, a Europa Press afirma que o ministro Cañete “pediu à Comissária da Pesca, Maria Damanaki, que negoceie com “celeridade” um novo acordo pesqueiro com Marrocos que permita à frota espanhola voltar a fainar na região. O ministro não especifica a que “região” se refere nem tão pouco faz alguma menção sobra a necessidade de excluir as águas do Sahara Ocidental do acordo. Este foi um dos motivos pelos quais o Parlamento Europeu recusou em dezembro de 2011 a prorrogação do acordo que estava em vigor”.

Nas declarações que proferiu, o ministro espanhol faz referência às ajudas recebidas pela frota pesqueira espanhola, indicando que “As ajudas por paralisação têm um prazo de seis meses, prorrogável por outros seis, e não existe (mais) possibilidade de nova prorrogação. Porém, outro dos motivos da decisão do Parlamento Europeu de não prorrogar o acordo foi o seu péssimo resultado económico, segundo revelaram diversos relatórios elaborados a pedido da UE”.

A Comissária da Pesca da UE, Maria Damanaki

Javier García Lachica, Presidente da WSRW (Western Sahara Resources Watch) em Espanha, declarou que “a UE e todos os seus Estados Membros, Espanha incluída, deveriam trabalhar para a paz internacional, apoiando os esforços da ONU para negociar uma solução para o conflito. Neste sentido, qualquer movimento do ministério espanhol para concluir o acordo de pescas UE-Marrocos, sem considerar os desejos e interesses do povo saharaui, sabota diretamente os esforços de paz da ONU e envia uma mensagem de apoio às reivindicações anexionistas de Marrocos sobre o Sahara Ocidental ".

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