sexta-feira, 4 de março de 2011

Novo encontro Polisario-Marrocos em Malta anunciado pela ONU

Christopher Ross nos acampamentos de refugiados saharauis

A Frente Polisario e Marrocos manterão na próxima semana, em Malta, uma nova ronda de conversações informais sobre o conflito no Sahara Ocidental, anunciaram hoje as Nações Unidas.
O encontro terá lugar de 7 a 9 de Março, e foi acordada no anterior encontro entre as partes, realizado em Janeiro último em Nova Iorque. Será a sexta ronda informal desde Agosto de 2009.


Na reunião de Malta, tal como em ocasiões anteriores, participarão representantes da Argélia e Mauritânia, países vizinhos do Sahara Ocidental, na qualidade de observadores do processo, e o enviado pessoal do SG da ONU para o conflito, Christopher Ross.

Há três semanas, Polisario e Marrocos reuniram-se em Genebra com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, António Guterres, no que se insere como parte das acções dirigidas a construir medidas de confiança entre as partes.

Na ocasião, acordaram aumentar para 30 mil a quantidade de visitas entre famílias saharauis radicadas no território do Sahara Ocidental ocupado por Rabat e nos acampamentos de refugiados na Argélia e separadas desde há mais de 30 anos.

As viagens aéreas para a concretização foram reatadas em princípios de Janeiro após uma paralisação de quase um ano, esperando-se agora novas decisões para utilizar a via terrestre.
A ONU auspicia as reuniões informais entre Marrocos e a l Polisario com vista ao reatamento de negociações oficiais que conduzem a uma solução do conflito.

A organização mundial está comprometida com a realização de um referendo sobre a autodeterminação nesse território, ex-colónia espanhola até 1975.

Para esse feito, a organização mundial estabeleceu no território uma missão (Minurso – Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental) integrada actualmente por cerca de 230 efectivos provenientes de mais de 20 países.

Em finais do ano passado, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução de apoio à procura de "uma solução política, justa, duradoura e mutuamente aceitável que conduza à livre determinação do povo do Sahara Ocidental".

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