domingo, 12 de dezembro de 2010

Quarta ronda de conversações informais Polisario-Marrocos em Nova Iorque


A Frente POLISARIO irá às conversações informais de Nova Iorque com a vontade de terem êxito os esforços nas Nações Unidas ONU para encontrar uma solução para o conflito do Sahara Ocidental – afirma Mhamed Khadad, coordenador saharaui junto da MINURSO

A delegação da Front Polisario tomará parte na quarta ronda de conversações informais previstas para 17 e 18 de Dezembro de 2010 em Greetree, Nova Iorque, com "a vontade e a determinação de tudo fazer para contribuir para o sucesso dos esforços das Nações Unidas com vista a encontrar uma solução justa e duradoura para o conflito do Sahara Ocidental", afirmou Mhamed Khadad , coordenador saharaui junto da MINURSO em vésperas de mais um encontro em NI sob a égide do Enviado Pessoal do SG da ONU, Christopher Ross.

A este respeito, “importa lembrar que foi Marrocos que impediu a aplicação do plano de resolução de 1991, os acordos de Houston em 1997 e o Plano para a autodeterminação do povo saharaui, conhecido como Plano Baker, em 2003; e continua a rejeitar os apelos do Enviado Pessoal para a discussão da proposta de solução apresentada em 2007 pela Frente Polisario", acrescenta o dirigente saharaui.

A discussão de "novas abordagens inovadoras para a negociação", como o sugere o Enviado Pessoal do SG da ONU, não deve fazer esquecer a responsabilidade de Marrocos no bloqueio do processo e, muito menos, modificar a natureza do conflito enquanto problema de descolonização litigante do direito à autodeterminação e que opõe duas partes, a Frente Polisario e Marrocos.

“Os crimes cometidos por Marrocos em Gdaim Izik, na cidade ocupada de El Aiún e o clima de terror que prevalece até hoje no território do Sahara Ocidental são uma escandalosa e inaceitável afronta aos esforços do Enviado Pessoal, ao Conselho de Segurança e às Nações Unidas em geral – afirma Mhamed Khadad que acrescenta. "É pois urgente pôr termo a esta situação e que a MINURSO passe a ter a supervisão dos direitos humanos no território, à semelhança de todas as missões de paz da ONU através do mundo".

No momento em que a comunidade internacional festeja o 50.º aniversário da adopção da declaração sobre a concessão da independência aos países e povos coloniais, é tempo de que termine a longa noite colonial para o povo saharaui martirizada pelas ocupações sucessivas espanhola e marroquina – conclui o dirigente saharaui.
Despacho da (SPS)

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