sábado, 27 de julho de 2013

Sahara Ocidental, centro de debate de vários meios de comunicação dos EUA


O Sahara Ocidental foi o centro de um debate de vários órgãos de comunicação social dos EUA. O debate sobre a questão saharaui, organizado pela “International Women's Media Foundation (IWMF)” e que se realizou em Washington, teve como tema "direitos, recursos e refugiados e reportagens sobre a questão do Sahara Ocidental'', reunidas particularmente por jornalistas que visitaram o Sahara Ocidental em 2012 e 2013.
O painel era formado por Whitney Shefte, do “The Washington Post”, Elisa Barclay da “Rádio Pública Nacional” dos EUA (NPR) e Jenn Abelson do diário “Boston Globe”, com presença ainda de Katlyn Thomas, ex-advogada da Missão das Nações Unidas para o Referendo do Sahara Ocidental (MINURSO) e Anna Theofilopoulou, ex-alta funcionária da ONU.

Nas suas intervenções, antecedidas pela projeção de um vídeo documental produzido pelo “The Washington Post” sobre a questão saharaui, os três jornalistas norte-americanos deram o testemunho vivo da situação política e da situação dos direitos humanos dos saharauis nos territórios ocupados por Marrocos.

Neste sentido, sublinharam a política de repressão brutal perpetrada pelas autoridades marroquinas contra o povo saharaui, ressaltando a pressão e obstáculos a que foram submetidos, assim como outros jornalistas ocidentais em visita à cidade ocupada de El Aaiun em dezembro e maio passados.

"A violação dos direitos humanos, a marginalização económica e a exclusão social são o destino da grande maioria dos saharauis que vivem nos territórios ocupados por Marrocos", referiram.

"Visitar o Sahara Ocidental foi uma oportunidade única para mim e uma experiência inestimável para aprender mais sobre este conflito e falar dele apesar das dificuldades," afirmou a jornalista Elisa Barclay da “Rádio Pública Nacional” ( RPN).

Por seu lado, Jenn Abelson, do “Boston Globe” afirmou que apesar dos Estados Unidos e outras potências nunca terem reconhecido a soberania de Marrocos sobre o Sahara Ocidental, o movimento de independência continua, no entanto, sendo bloqueado.

"Quando os saharauis me agradeciam por ter vindo presenciar a sua situação, senti que o que estávamos fazendo, como jornalistas, era importante", argumentou a jornalista Whitney Shefte do “Washington Post”.

A advogada Katlyn Thomas, que viveu durante vários anos no Sahara Ocidental formando parte do contingente da MINURSO, lamentou a situação do status quo da questão saharaui, e acrescentou que o direito internacional confirma que o direito do povo saharaui à livre determinação é a base para uma solução política do conflito do Sahara Ocidental.

Depois de condenar Marrocos por sua negativa em aceitar uma solução para a libre determinação e recordar que a comunidade internacional não reconhece a soberania de Marrocos sobre o Sahara Ocidental, a jurista Katlyn Thomas criticou também a tendenciosa posição de França de apoio a Marrocos.


 (SPS)

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