Rabat, 2 set (EFE) - Marrocos proibiu
a atividade organizada anualmente pela Amnistia Internacional (AI) de formação
de jovens ativistas marroquinos e estrangeiros em matéria de direitos humanos.
Salah Abdellaoui, diretor executivo da
secção da AI em Marrocos, assegurou à Efe que não houve "motivos justificáveis"
e qualificou de "falsas" as informações publicadas ontem pela agência
[oficial marroquina] MAP em que se afirmava que as autoridades competentes não
foram avisadas sobre esta atividade, que estava prevista realizar-se de 1 a 7
de setembro em Bouznika, a 50 quilómetros de Rabat.
Abdellaoui lamentou "não ter recebido
qualquer notificação por escrito por parte das autoridades".
Esta edição era a sexta que realizava
a AI em Marrocos, nunca se tendo registado anteriormente qualquer problema.
Embora ninguém tenha querido relacioná-lo,
a proibição deste evento surge depois de, em maio passado, um relatório sobre a
tortura a Amnistia Internacional ter afirmado que em Marrocos esta prática é uma
"realidade" nas esquadras de polícia e centros de detenção.
O governo marroquino reagiu então de imediato
protestando contra o relatório pela sua "falta de credibilidade e
objetividade", embora tenha admitido que existem ainda casos de tortura no
país.
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