terça-feira, 2 de setembro de 2014

Marrocos proíbe a Amnistia Internacional de exercer atividade sobre os direitos humanos



Rabat, 2 set (EFE) - Marrocos proibiu a atividade organizada anualmente pela Amnistia Internacional (AI) de formação de jovens ativistas marroquinos e estrangeiros em matéria de direitos humanos.

Salah Abdellaoui, diretor executivo da secção da AI em Marrocos, assegurou à Efe que não houve "motivos justificáveis" e qualificou de "falsas" as informações publicadas ontem pela agência [oficial marroquina] MAP em que se afirmava que as autoridades competentes não foram avisadas sobre esta atividade, que estava prevista realizar-se de 1 a 7 de setembro em Bouznika, a 50 quilómetros de Rabat.

Abdellaoui lamentou "não ter recebido qualquer notificação por escrito por parte das autoridades".

Esta edição era a sexta que realizava a AI em Marrocos, nunca se tendo registado anteriormente qualquer problema.

Embora ninguém tenha querido relacioná-lo, a proibição deste evento surge depois de, em maio passado, um relatório sobre a tortura a Amnistia Internacional ter afirmado que em Marrocos esta prática é uma "realidade" nas esquadras de polícia e centros de detenção.

O governo marroquino reagiu então de imediato protestando contra o relatório pela sua "falta de credibilidade e objetividade", embora tenha admitido que existem ainda casos de tortura no país.



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