terça-feira, 14 de maio de 2013

Comprovada Implicação dos Serviços Secretos marroquinos no ataque ao campo de extração de gás de In Amenas?




A informação revelada pela cadeia de televisão pública canadiana CBS, e divulgada por várias agências noticiosas, confirmando a estadia de dois terroristas canadianos em Marrocos em 2011 confirma que Rabat teve uma parte ativa no recrutamento dos terroristas que integraram o grupo que tomou de assalto o complexo de extração de gás de In Amenas, ocorrida no passado dia 16 de janeiro, afirmou no domingo o website “Algérie Patriotique”.

Durante um longo tempo "o papel exato desempenhado pelos dois canadianos envolvidos no ataque terrorista de Tiguentourine, em In Amenas (Argélia), permaneceu um mistério (...) mas as últimas revelações dissipam as dúvidas sobre o envolvimento comprovado dos serviços secretos marroquinos no ataque ao campo gasífero argelino", acrescenta a mesma fonte.

Segundo ‘Algérie Patriotique’, "Marrocos já comprovadamente havia apoiado a criação do Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental (Mujao), a que pertencia o grupo dos "Signatários pelo Sangue" de Mokhtar Belmokhtar que reivindicou a captura de reféns. O envolvimento dos dois jihadistas canadianos não deixa dúvidas sobre as suas motivações, que correspondem às do Mujao, movimento que – recorde-se -, tudo fez para sabotar o processo de paz iniciado pela Argélia para resolver a crise no Mali. Marrocos há muito que é alegadamente suspeito de manipular e apoiar grupos islâmicos armados, incluindo o grupo dissidente do AQMI, utilizando-os como joguetes dos seus tresloucados planos expansionistas, os quais nem sequer esconde, visam a Mauritânia e Argélia."



"A declaração recente do presidente do Istiqlal sobre a vontade do seu país de "recuperar" Tindouf e Béchar (territórios argelinos) inscreve-se neste contexto de hostilidade permanente. Isso levou os marroquinos, desde 1994, a envolverem-se na guerra contra a Argélia, ao tentarem utilizar um dos primeiros líderes do GIA, Abdelhak Layada, que foi para Marrocos para comprar armas para os “maquis” terroristas, e participando na campanha de isolamento da Argélia a nível internacional, ao atribuírem o ataque em Marraquexe aos serviços argelinos. Os marroquinos não mudaram", conclui o site.

SPS

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