Com o objetivo de esconder o isolamento mortal de Marrocos
devido às violações dos direitos humanos no Sahara Ocidental, a agência
marroquina MAP inventou uma receção de uma delegação marroquina de Washington com
o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, quando, há poucos dias, durante o
debate sobre o proposta dos EUA sobre o alargamento das prerrogativas da
MINURSO para monitorar a observância dos direitos humanos no Sahara Ocidental, este
recusara o pedido de entrevista com o ministro dos Negócios Estrangeiros
marroquino, Saad Eddine El Othmani, sob o pretexto de agenda lotada.
Nem o Departamento de Estado nem a imprensa americana disse
uma palavra sobre esta receção saída da imaginação dos funcionários da MAP,
sedentos de apresentar ao público marroquino uma realidade distorcida do estado
das relações com os Estados Unidos.
Desde a eleição de Barack Obama, Marrocos tenta dissimular a
mudança da política dos EUA na região aproveitando o relacionamento pessoal com
a ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, dando a entender que os EUA
apoiam o projeto de autonomia marroquina. No entanto, quando Rabat decidiu rejeitar
o enviado pessoal do Secretário-Geral para o Sahara Ocidental, Christopher Ross
ONU, a própria Hillary Clinton recusou-se a receber El Othmani que viajou até Washington
para pedir expressamente a sua ajuda.
A reprimenda pronunciada pelo Palácio do Eliseu sobre o
compromisso da França com a necessidade de serem respeitados os direitos
humanos no Sahara Ocidental é um forte sinal de mudança na posição francesa.
Fonte: La Tribune du Sahara
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