quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Governo da RASD pede à comunidade internacional que pressione Marrocos para que cumpra a legalidade internacional



O Governo da República Árabe Saharaui Democrática fez esta terça-feira um apelo à comunidade internacional a pressionar Marrocos para que cumpra com a legalidade internacional e o respeito das suas resoluções. O apelo surge na sequência do discurso do rei de Marrocos, por ocasião do 14º aniversário da sua entronização.

“O discurso de Mohamed VI, por ocasião do 14º aniversário da sua chegada ao trono, está cheio de intransigência e obstinação de impor a qualquer preço a sua ocupação ilegal do Sahara Ocidental. O discurso não mostra vontade política para apoiar os esforços das Nações Unidas de encontrar uma solução justa e duradoura para este conflito”, afirma o ministério da Informação saharaui.

“A interpretação que o discurso faz da última resolução do Conselho de Segurança da ONU e o total desprezo que vota ao apelo a ambas partes do conflito, Marrocos e Frente POLISARIO, a cooperar com o objetivo de encontrar uma solução consensual que garanta o direito do povo saharaui à autodeterminação, refletem, na realidade, a falta de vontade política de Marrocos em apoiar os esforços da ONU, o Conselho de Segurança, o Secretário-Geral e o seu Enviado Pessoal”, acrescenta o comunicado.

“O rei de Marrocos ignorou os relatórios de organizações de direitos humanos internacionais e regionais que revelaram graves violações dos direitos humanos nos territórios ocupados do Sahara Ocidental e declararam o seu apoio ao estabelecimento de um mecanismo da ONU para a supervisão da situação no território, o que reflete a vontade de Marrocos de prosseguir com o bloqueio imposto sobre o território, assim como a repressão e violação dos direitos humanos”, afirma o ministério da informação saharaui.

O ministério afirma que a “intransigência” marroquina de impor pela força a ocupação ilegal do Sahara Ocidental “enfrentará a resistência e firmeza do povo saharaui, em absoluta recusa da ocupação marroquina”.

O comunicado insta Marrocos a reconsiderar as suas políticas antes que seja demasiado tarde, já que “a sua ocupação do Sahara Ocidental constitui uma ameaça à soberania dos países vizinhos dada a sua política expansionista, aos seus povos por causa da droga, à suas economias pelo contrabando, à sua segurança nacional pelo apoio que dá às organizações do crime organizado, à emigração ilegal e ao terrorismo, tudo o que constitui um obstáculo à unidade dos seus povos desejosos da construção da União do Magrebe”.


Bir Lehlu (Territorios Libertados), 31/07/2013 (SPS)

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