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Pelo direito à autodeterminação do povo Saharauí.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Adiado de novo o julgamento do Grupo dos Sete activistas saharauis
O tribunal marroquino de Aaín Sbbah, na cidade de Casablanca, adiou esta sexta-feira, e pela segunda vez, o julgamento do Grupo dos Sete activistas saharauis dos direitos humanos, sob o pretexto de uma investigação adicional antes de dar o seu veredicto final, segundo informa um comunicado do Ministério Saharaui dos Territórios Ocupados e das Comunidades.
O presidente do tribunal afirmou que tinha convidado os familiares dos réus e alguns activistas saharauis a ouvir os seus testemunhos antes de pronunciar o seu veredicto final, sem especificar no entanto a data exacta para a sentença, segundo a mesma fonte.
Estava previsto que o Tribunal se pronunciasse no dia 28 de Janeiro, no entanto a sua decisão foi adiada para o dia 11 de Fevereiro, sexta-feira, e agora novamente postergada indefinidamente.
Na noite do passado dia 15 de Janeiro, depois do termo da apresentação da defesa e da acusação, e após ter ouvido os activistas processados — audição que durou mais de dez horas de testemunho —, o presidente do tribunal anunciou que anunciará a sua sentença no dia 28 de Janeiro.
Durante o julgamento os activistas saharauis Ali Salem Tamek, Ibrahim al Dahan e Ahmad al-Nasiri, confirmaram que pertencem à Frente Polisario e que apoiam a luta pela autodeterminação do povo saharaui.
Defenderam denodadamente lutam pela organização do referendo de autodeterminação no Sahara Ocidental, em conformidade com as normas das Nações Unidas e a legalidade internacional, que estipula o direito dos povos à livre determinação.
Os activistas saharauis Ali Salem Tamek, Ibrahim Dahan e Ahmad Nasiri, encontram-se actualmente sob prisão, enquanto que Dagcha Lachgar, Yahzih Altrozzi, Rashid Sgayer e Saleh Lebaihi, estão em liberdade condicional. Todos eles são acusados de "violar a segurança do Estado", pelo simples facto de terem visitado os seus familiares nos acampamentos de refugiados saharauis, a 26 de Setembro de 2009.
O tribunal marroquino adia assim pela segunda vez consecutiva o pronunciamento da sentença, o que provocou a reacção da organização não-governamental Human Rights Watch (HRW), que publicou um comunicado em que apela às autoridades marroquinas a garantir um julgamento justo ou a libertação dos três activistas saharauis presos.
(SPS)
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