quinta-feira, 17 de junho de 2021

A Espanha "não irá mudar" a sua posição sobre o Sahara Ocidental

 


Berlim, 16 de Junho (EFE) - O Secretário de Estado espanhol para a Espanha Global, Manuel Muñiz, afirmou esta quarta-feira que a posição espanhola sobre o Sahara Ocidental "não mudou e não vai mudar", apesar das recentes semanas de tensões com Marrocos.

Num encontro com jornalistas espanhóis durante a sua visita de dois dias a Berlim, Muñiz salientou que a posição espanhola nesta disputa é "conhecida e constante", inalterada "durante décadas", para além de estar "perfeitamente enquadrada nas resoluções do Conselho de Segurança" e no "consenso internacional".

"Apoiamos desde o início o que o Conselho de Segurança das Nações Unidas solicitou, que é que seja realizado um diálogo entre as partes saharaui e marroquina sobre o estatuto da região e que este seja mediado pela MINURSO (Missão das Nações Unidas para o referendo no Sahara Ocidental)", afirmou.

O Secretário de Estado também indicou que a Espanha quer que seja nomeado um novo enviado especial da ONU para o Sahara Ocidental, cargo vago desde que o alemão Horst Köhler deixou o cargo em Maio de 2019 devido (alegadamente) a problemas de saúde.

"Esta é a nossa posição: não mudou e não vai mudar", acrescentou Muñiz.

A Alemanha, país que também teve divergências com Rabat nos últimos meses sobre esta questão, "partilha a posição da Espanha sobre o Sahara Ocidental", sublinhou.

Durante a sua visita a Berlim, Muñiz teve a oportunidade de se encontrar com um grupo de profissionais espanhóis residentes na capital e de se encontrar com representantes de grupos de reflexão alemães.

Também realizou uma reunião com o Secretário de Estado no Ministério dos Negócios Estrangeiros Antje Leendertse, onde trocaram pontos de vista sobre as estratégias internacionais de ambos os países.

Na opinião dos grupos de reflexão alemães, o plano espanhol está "no bom caminho" e "bem alinhado" com as prioridades de Berlim em questões como o avanço da democracia, os direitos humanos e os direitos das mulheres, o multilateralismo e a integração europeia, explicou Muñiz. EFE

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