A liberdade de imprensa teve uma "regressão brutal" em 2014,
com "dois terços dos 180 países com resultados piores do que na edição
anterior," de acordo com o ranking anual da organização Repórteres Sem
Fronteiras (RSF), publicado quinta-feira, 12 fevereiro.
Marrocos não se move da sua 136ª posição . RSF explica deste modo:
L’alibi marocain de la lutte contre le terrorisme
Les autorités marocaines, placées sous la houlette des islamistes depuis
les élections de 2011, tardent à concrétiser les promesses de réformes
annoncées depuis le référendum constitutionnel de 2011. L’année 2013 a été
marquée par l’ « affaire Ali Anouzla« . Le directeur de la version arabophone
du site d’informations Lakome a été arrêté en septembre pour avoir publié un
lien vers un article du quotidien espagnol El Pais, lui-même renvoyant vers une
vidéo attribuée au groupe Al-Qaeda au Maghreb islamique (AQMI). Libéré après
cinq semaines passées en détention préventive, le journaliste est poursuivi
pour « assistance matérielle » et « apologie de crimes terroristes » et encourt
de dix à trente ans de réclusion criminelle. Cette affaire illustre
l’inquiétant amalgame que font les autorités marocaines entre travail
journalistique et incitation à l’exécution d’actes terroristes.
No Magrebe, se excluirmos a Líbia, envolvida
numa guerra civil, Marrocos é o último do ranking. Países como a Mauritânia (em
60.º lugar), que alguns patrioteiros consideram como uma wilaya (região,
distrito) marroquina, a «odiosa» Argélia (121º lugar) e mesmo a Tunísia (133º
lugar), atormentada pela instabilidade política, fazem melhor do que o país do Makhzen.
Não há nada do que se orgulhar, mas a ver
como a imprensa marroquina tem tratado — ou melhor, como não a tem tratado — o
caso da conta secreta do rei, na Suíça, podemos entender melhor a razão este
lugar de «orelhas de burro» na lista de RSF.
Fonte: Demain Online (sítio informativo
marroquino independente)
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