terça-feira, 12 de outubro de 2021

46º. Aniversário da Unidade Nacional: “A unidade nacional derrotou as manobras coloniais para aniquilar a existência saharaui” – afirmou o Presidente da RASD e SG da Frente POLISARIO




APS - 12 outubro 2021 - Dakhla (campos de refugiados saharauis) – A unidade do povo saharaui derrotou os enredos coloniais para aniquilar a existência saharaui, sublinhou esta terça-feira no campo de refugiados saharauis de Dakhla, o Presidente saharaui e Secretário-Geral da Frente Polisario, Brahim Ghali, por ocasião da celebração do 46º aniversário da unidade nacional saharaui.

"A unidade nacional frustrou uma desprezível conspiração colonial que visava a eliminação final da existência saharauí como povo e nação", disse Ghali num discurso na ocasião, acrescentando que é "um legado importante e eterno para o povo, solidamente unido, continuar a sua luta decisiva e lutar pela sua liberdade e independência, após longos anos de sacrifício e sofrimento.

Para Ghali, "a unidade nacional saharaui é o alvo permanente das políticas e intenções do inimigo, embora este esteja consciente de que qualquer povo unido e solidário, convencido da justeza da sua causa, está disposto a fazer todos os sacrifícios por ela", antes de sublinhar que a resposta do povo saharaui "será firme" face a todas as maquinações.

O Presidente saharaui acrescentou neste contexto que "é necessário ter em mente a continuação da luta, incluindo a luta armada, e avançar para uma nova dinâmica qualitativa que englobe os vários lugares e campos de ação nacional, com tudo o que isso implica em termos de exigências, mobilização e sacrifícios em particular".

Apelou ao povo saharaui para estar na vanguarda da luta e juntar-se às fileiras da frente da luta armada para enfrentar o inimigo, antes de destacar "a difícil situação que exige uma presença no terreno para apressar a derrota do inimigo e impor a vontade do povo saharaui".

E acrescentou: "A guerra fi desencadeada no terreno, e já não é possível evitar os seus riscos e consequências para a região, caso a ONU continue a gerir a crise em vez de a resolver”.

"Não haverá paz e estabilidade, nem solução justa e permanente para o conflito do Sahara Ocidental, enquanto o Conselho de Segurança da ONU não assumir as suas responsabilidades e não responder claramente, com rigor, às práticas expansionistas do ocupante marroquino.

O SG da Frente Polisario recordou, além disso, que "qualquer ação ou transação de países e empresas europeias com o Reino de Marrocos, envolvendo territórios saharauis ocupados, é um ato ilegal, um roubo e uma pilhagem da riqueza de um povo oprimido e indefeso.

Congratulando-se com a decisão do Tribunal de Justiça Europeu, o Presidente saharaui observou que "qualquer transação de países e empresas europeias com Marrocos, em violação dos territórios terrestres, marítimos e aéreos saharauis, constitui um apoio e participação num ato ilegal, agressivo e expansionista, e um roubo e pilhagem da riqueza do povo saharaui”.

Para Brahim Ghali, a decisão do Tribunal de Justiça Europeu é um "apelo implícito" à União Europeia e ao mundo para pôr fim à ocupação marroquina do Sahara Ocidental. É também, acrescentou, "um convite" à Espanha para assumir as suas responsabilidades em relação à última colónia em África, para resolver uma pesada dívida gerada por um desengajamento caótico através dos acordos tripartidos de Madrid.

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