terça-feira, 11 de setembro de 2012

Holanda: os produtos saharauis não são marroquinos



 “Marrocos não pode reclamar tarifas aduaneiras preferênciais para os produtos agrícolas procedentes do Sahara Ocidental tendo por base o iminente acordo agrícola entre a UE e Marrocos”, afirma o ministro holandês dos Negócios Estrangeiros, Uri Rosenthal.

"O acordo agrícola entre a UE e Marrocos, que entrará em vigor este Outono, só é aplicável ao território de Marrocos. Por isso, Marrocos não pode reclamar tarifas aduaneiras preferenciais para os produtos do Sahara Ocidental tendo por base o referido acordo. As fronteiras holandesas supervisarão este assunto", declarou o ministro holandês dos Negócios Estrangeiros em nome do seu Gabinete e do Gabinete de Assuntos Económicos, Agricultura e Inovação.
Uri Rosenthal, Ministro dos Negócios
Estrangeiros holandês

Em resposta às perguntas do deputado socialista van Bommel (SP), o ministro declarou ainda que a etiqueta «Marrocos» estava claramente a induzir em erro e que é absolutamente possível que se possam encontrar em supermercados holandeses produtos do Sahara Ocidental que ostentam essa etiqueta.

A declaração está em acordo com a posição de outros governos que não são da UE, como a Noruega, Suíça e EUA, que sublinham o facto evidente de que o Sahara Ocidental não é parte de Marrocos no âmbito dos acordos comerciais que estabeleceram com o Reino de Marrocos.

O relatório da WSRW 'Rotulagem e Prestação de Contas", publicado em junho de 2012, já havia revelado que a cadeia de supermercados holandesa Albert Heijn importa tomates “cherry” procedentes de Dakhla, no sul do Sahara Ocidental ocupado etiquetados como de origem marroquina.

Holanda não reconhece a autoproclamada soberania de Marrocos sobre o Sahara Ocidental e o governo holandês pede às empresas holandesas que se abstenham de investir no território.

*Fonte: WSRW 

1 comentário:

  1. A posição holandesa deveria ser seguida pelos outros paises da UE.....mas existem muitos outros interesses envolvidos!

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