O Rei de Marrocos, Mohamed
VI, assegurou esta 4.ª feira, que o seu país "não aceita lições" em matéria
de Direitos Humanos no conflito do Sahara Ocidental, tendo também advertido de
que não subordinará o desenvolvimento deste território "a nível da
ONU".
"Não temos intenção de
hipotecar o futuro das nossas províncias do sul nem subordinar o desenvolvimento
do Sahara às Nações Unidas. Pelo contrário, vamos prosseguir sem quartel com a
nossa ação pelo desenvolvimento integral" do Sahara, afirmou o monarca alauita
no seu discurso por ocasião do trigésimo oitavo aniversário da Marcha Verde.
Mohamed VI deixou claro que
Marrocos "se nega a receber lições" em matéria de Direito Humanos no Sahara,
especialmente daqueles que "violam sistematicamente" esses mesmos direitos.
O monarca alauita defendeu os planos do Governo marroquino para dotar de maior
autonomia o Sahara Ocidental e as "importantes reformas" e
"grandes projetos" para este território impulsionados por Rabat nos
últimos tempos.
O monarca sublinhou que Marrocos
respeita os Direitos Humanos tanto no norte como no sul do seu território, em referência
ao Sahara, e lamentou que existam organizações e Estados que tenham uma visão distorcida
que prejudica criticamente o seu país em relação a este território.
Lamentou em concreto a
"atitude injusta" que existe contra Marrocos "sobretudo devido ao
dinheiro e benefícios dos opositores", a quem acusou de "tentar
comprar votos e posições" de algumas organizações "hostis" ao
seu país.
Mohamed VI destacou a
"inquebrantável unanimidade" do povo marroquino em torno à sua
"integridade territorial" e sublinhou que "a causa do Sahara é a
causa de todos os marroquinos sem exceção". "É um dever que todos temos",
acrescentou o monarca no seu discurso, difundido pela agência oficial MAP e recebido
pela Europa Press.
O monarca assegurou que Marrocos
aposta em dar uma solução "política duradoura " ao "conflito
artificial" sobre a "integridade territorial" do reino alauita.
Também se referiu ao tema da emigração ilegal e à luta contra o terrorismo
islamita no Sahel.
Mohamed VI afirmou que Marrocos
se converteu num país de destino para os emigrantes que querem alcançar a Europa
e que o seu Governo apostou em desenvolver uma nova política de emigração "integral"
com um "enfoque humanitário" em consonância com os compromissos
internacionais adquiridos pelo reino alauita.
Fonte: 7
Nov. (EUROPA PRESS)
Sem comentários:
Enviar um comentário