quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Mohamed VI assegura que Marrocos não aceita lições em «direitos humanos» e não subordinará o Sahara "nível da ONU"

 

O Rei de Marrocos, Mohamed VI, assegurou esta 4.ª feira, que o seu país "não aceita lições" em matéria de Direitos Humanos no conflito do Sahara Ocidental, tendo também advertido de que não subordinará o desenvolvimento deste território "a nível da ONU".

"Não temos intenção de hipotecar o futuro das nossas províncias do sul nem subordinar o desenvolvimento do Sahara às Nações Unidas. Pelo contrário, vamos prosseguir sem quartel com a nossa ação pelo desenvolvimento integral" do Sahara, afirmou o monarca alauita no seu discurso por ocasião do trigésimo oitavo aniversário da Marcha Verde.

Mohamed VI deixou claro que Marrocos "se nega a receber lições" em matéria de Direito Humanos no Sahara, especialmente daqueles que "violam sistematicamente" esses mesmos direitos. O monarca alauita defendeu os planos do Governo marroquino para dotar de maior autonomia o Sahara Ocidental e as "importantes reformas" e "grandes projetos" para este território impulsionados por Rabat nos últimos tempos.

O monarca sublinhou que Marrocos respeita os Direitos Humanos tanto no norte como no sul do seu território, em referência ao Sahara, e lamentou que existam organizações e Estados que tenham uma visão distorcida que prejudica criticamente o seu país em relação a este território.

Lamentou em concreto a "atitude injusta" que existe contra Marrocos "sobretudo devido ao dinheiro e benefícios dos opositores", a quem acusou de "tentar comprar votos e posições" de algumas organizações "hostis" ao seu país.

Mohamed VI destacou a "inquebrantável unanimidade" do povo marroquino em torno à sua "integridade territorial" e sublinhou que "a causa do Sahara é a causa de todos os marroquinos sem exceção". "É um dever que todos temos", acrescentou o monarca no seu discurso, difundido pela agência oficial MAP e recebido pela Europa Press.

O monarca assegurou que Marrocos aposta em dar uma solução "política duradoura " ao "conflito artificial" sobre a "integridade territorial" do reino alauita. Também se referiu ao tema da emigração ilegal e à luta contra o terrorismo islamita no Sahel.

Mohamed VI afirmou que Marrocos se converteu num país de destino para os emigrantes que querem alcançar a Europa e que o seu Governo apostou em desenvolver uma nova política de emigração "integral" com um "enfoque humanitário" em consonância com os compromissos internacionais adquiridos pelo reino alauita.


Fonte: 7 Nov. (EUROPA PRESS) 

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