"O Conselho de Segurança da ONU afirmou ontem,
quinta-feira, que espera que a missão da ONU no Sahara Ocidental (MINURSO)
"possa recomeçar a funcionar plenamente", na sua primeira reação unânime
a um conflito entre as Nações Unidas e Rabat".
O presidente do Conselho em exercício durante o mês de Março,
o embaixador angolano Ismael Gaspar Martins, informou à imprensa da posição adotada
após três horas de consultas à porta fechada.
No início de Março, o secretário-geral da ONU visitou os acampamentos
de refugiados saharauis e referiu-se à "ocupação" marroquina do Sahara
Ocidental, provocando irados protestos de Rabat e a expulsão da maior parte dos
peritos civis internacionais da MINURSO.
O embaixador angolano Ismael Gaspar Martins |
O embaixador angolano afirmou que os países do Conselho
"expressaram uma grave preocupação" ante esta situação e recordaram
que as 16 missões de paz da ONU no mundo estão deslocadas sob instruções do Conselho
"para levar a cabo tarefas cruciais".
Por outro lado, Ahmed Boukhari, representante da Frente
Polisario junto da ONU, saudou o apelo do Conselho de Segurança, mas precisou: "Estávamos
à espera de uma mensagem mais forte ao governo de Marrocos", disse Boukhari,
acusando Rabat de ser o principal causador da situação.
"O Conselho de Segurança deveria ter tomado uma postura
mais forte", afirmou.
Os contactos bilaterais com Rabat vão continuar, assegurou
o embaixador angolanoo. "Estamos preocupados e é um problema que há que
resolver", declarou à imprensa.
Comunicado
do Conselho de Segurança:
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