O Parlamento da Catalunha aprovou ontem uma declaração em
que pede ajuda humanitária urgente para os acampamentos de refugiados saharauis
de Tindouf (Argélia) ante as graves inundações sofridas, e também exige que se
cumpra a resolução da ONU que prevê a realização de um referendo de
autodeterminação.
A declaração, aprovada pelo plenário do Parlamento,
expressa a solidariedade com os refugiados saharauis e reclama ajuda internacional
“ante a tragédia humanitária que se vive nos acampamentos saharauis argelinos
de Tindouf”.
Esta tragédia, precisa o texto, foi causada por “graves
inundações e arrastamentos de terras provocados pelas chuvas torrenciais e as intensas
rajadas de vento” ocorridas nos últimos meses na zona donde estão localizados os
mencionados acampamentos saharauis.
A câmara legislativa catalã reclama “a rápida intervenção
de todos as entidades públicas, organizações internacionais, organizações não-governamentais
e os movimentos de solidariedade da sociedade civil” para “colaborar o mais
depressa possível com ações de emergência” a fim de “cobrir as necessidades mais
urgentes da população, assim como atender à vítimas e reconstruir os acampamentos”.
O Parlamento catalã adverte que estes acampamentos “sofrem
uma situação extrema”, pelo que insta especialmente o Governo “a adotar medidas
concretas de ajuda humanitária por meio da Agência Catalã de Cooperação para o Desenvolvimento”.
Depois de pedir aos meios de Comunicação que informem
sobre esta catástrofe humanitária, a declaração do Parlamento refere o conflito
político que enfrenta o povo saharaui face a Marrocos, recordando que a câmara catalã
“defende o direito de autodeterminação”.
O Parlamente pede, neste ponto, “à UE e ao Governo do
Estado” que exijam “a aplicação da resolução 690 do Conselho de Segurança das
Nações Unidas, de 27 de junho de 1990, para que se possa realizar um referendo de
autodeterminação ao povo povo saharaui”.
Fonte: La
Vanguardia / EFE
Sem comentários:
Enviar um comentário