A Frente Polisario assegura
que houve mais de cem feridos no rescaldo da repressão por parte das
autoridades marroquinos de uma manifestação que se realizou ontem em El Aaiún, por
ocasião da visita do enviado da ONU para o Sahara Ocidental, Christopher Ross.
A repressão da manifestação foi
denunciada sábado pela Associação Saharaui de Vítimas das Violações de Direitos
Humanos (ASVDH), embora fontes oficiais marroquinas o tenham negado.
Hamdi Mansour, delegado da
Frente Polisario em Santa Cruz de Tenerife, afirmou hoje, em declarações à EFE,
que o saldo da repressão foi de, pelo menos, uma centena de feridos na
manifestação convocada a partir das cinco da tarde de sábado no momento em Christopher
Ross se encontrava na sede da Minurso, a missão da ONU no Sahara, com coletivos
defensores dos direitos humanos.
Segundo aquele representante
da Frente Polisario, El Aaiún foi "sitiada" por cordões de segurança formados
por forças militares e civis marroquinas.
Houve invasões de casas e
quebra de pertences domésticos com agressões até a crianças e idosos, de acordo
com Hamdi Mansour.
"Queremos denunciar ante
o mundo esta repressão contra os saharauis, que exercem o seu legítimo direito
de se manifestaram a favor da autodeterminação", sublinhou.
A versão propagada sábado por
fontes do governo civil de El Aaiún diz que não houve manifestação, mas "crianças
que queriam atirar pedras às forças de segurança".
O enviado da ONU para o
Sahara Ocidental, Christopher Ross, está em El Aaiún desde sexta-feira, onde teve
encontros com as autoridades locais, cargos eleitos, notáveis das tribos
saharauis e ativistas da sociedade civil.
20 out-EFE
video: Darghamyo
Fotos: Radio Maizirat
Fotos: Radio Maizirat
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