sábado, 12 de outubro de 2013

Marrocos vê 'debilidades' na defesa da tese marroquina

Mohamed VI: Um discurso que traduz isolamento e desespero...?

Mohamed VI pede aos parlamentares mais empenhamento na questão do Sahara

O rei Mohamed VI de Marrocos reprovou esta sexta-feira os parlamentares do seu país pela falta de empenhamento na questão do Sahara Ocidental na defesa da tese marroquina ante "a situação difícil" em que se encontra este conflito.

Em discurso perante os membros das duas Câmaras parlamentares por motivo da inauguração do ano parlamentar, Mohamed VI destacou "algumas debilidades" dos parlamentares na hora de abordar o caso do Sahara Ocidental através de iniciativas que se revelam "insuficientes".

"A situação é difícil. Nada está decidido ainda", admitiu Mohamed VI, que acrescentou que" as manobras dos adversários da nossa integridade territorial (em referência aos independentistas) não vão parar, o que poderá colocar a nossa causa antes etapas decisivas".

O rei não fez alusão a nenhuma situação específica, mas falou de "de maiores desafios que nós conseguimos superar este ano", numa provável alusão ao plano que os EUA apresentaram em abril para ampliar as prerrogativas da MINURSO, com o objetivo de que fossem vigiados os direitos humanos no Sahara Ocidental.

Após uma ofensiva nacional e internacional (que conseguiu o apoio de Paris e Madrid), Marrocos conseguiu afirmar a sua rejeição ao plano apresentado, pelo que a MINURSO permanece dedicada exclusivamente a monitorar o cessar-fogo e preparar um referendo de autodeterminação que não chega a realizar-se devido a diferenças irreconciliáveis ​​entre Marrocos e a Frente Polisario.
 
Parlamento de Marrocos: um forte
«puxão de orelhas» de Sua Majestade...

O monarca alauita pediu aos parlamentares que não se contentem em mobilizar-se ante um "perigo iminente" contra a tese marroquina, mas que tomem a iniciativa de "antecipar-se aos acontecimentos", apesar de saber-se em Marrocos que a gestão do Sahara não passa pelo Parlamento ou pelo próprio governo, mas sim a partir do palácio real.


O rei de Marrocos dedicou uma boa parte do seu discurso a criticar a gestão dos assuntos locais das cidades, concretamente de Casablanca, cidade que descreveu como um "espaço de grandes contradições ", cheia de disparidades sociais estruturais.


Efe | Rabat  

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