É o
resultado do efeito Chris Coleman, o nome do hacker marroquino que pôs a descoberto
a diplomacia e os serviços secretos marroquinos. O Ministério das Relações
Exteriores lançou um concurso para assegurar a segurança do seu sistema
informático.
O
concurso foi publicado hoje no diário árabe Akhbar Al Yaoum, mas é provável que
também tenha sido divulgado em outras publicações em papel.
As revelações
divulgadas por Chris Coleman fazem estragos. A DGED (Direction générale des
études et de la documentation – [Serviços Secretos]) e
a diplomacia marroquinas foram postos a nu. Os seus métodos desvendados e
revelados ao grande público. E isso apesar do silêncio ensurdecedor da imprensa
marroquina que vê nesta série de revelações em cascata a mão de Argel sem se
perguntar se os documentos são verdadeiros ou falsos.
A declaração
da subsecretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Mbarka Bouaida, a um jornal marroquino, e depois a intervenção televisiva
do seu chefe, Salaheddine Mezouar, não deixam nenhum dúvida quanto à veracidade
dos documentos.
Se
ambos os responsáveis denunciam um complot, nenhum deles evoca uma qualquer
falsificação.
Além
disso, este concurso não é mais do que uma confissão. O sistema informático dos
Negócios Estrangeiros, e outros sites também, foram violados e saqueados por um
hacker. Enquanto isso, Chris Coleman continua a divulgar segredos no Twitter dia
após dia.
Até
ao momento, ele publicou apenas 100 megas dos 6 gigas de documentos que ele
possui. O que augura meses muito difíceis para o Estado marroquino.
Fonte:
DemainonLine (publicação independente marroquina)
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