terça-feira, 11 de novembro de 2014

POLISARIO lamenta que nenhum governo repare a "injustiça franquista"




Madrid, 11 nov. (EFE)- O delegado da Frente Polisario em Espanha, Bucharaya Beyun, denunciou hoje que "nenhum governo tenha querido reparar a última injustiça do Governo franquista" e advertiu das consequências para os interesses geoestratégicos espanhóis. Em conferência de imprensa por motivo da inauguração em Madrid na próxima sexta-feira da 39.ª Conferencia Internacional de Apoio ao Povo Saharaui, Beyun explicou que "Espanha não está fazendo nada" para resolver o conflito no Sahara Ocidental, a ex-colónia espanhola."Está pondo em perigo os seus interesses geoestratégicos", afirmou em relação aos possíveis investimentos na economia do território, atualmente ocupado por Marrocos e em processo de descolonização e autodeterminação sob os auspícios das Nações Unidas.

Após reiterar as denúncias da Frente Polisario pela "prepotência e intransigência" marroquina no conflito, considerou que o atual rei de Marrocos, Mohamed VI, proferiu um "discurso quase suicida" por ocasião do 39.º aniversário da Marcha Verde. O também membro do Secretariado Nacional da Frente Polisario atribuí as palavras do monarca ao que descreveu como desafio de Marrocos a "à benevolência do Ocidente" e citou a "chantagem" a Espanha com Ceuta e Melilla e as «pateras» de imigrantes ilegais. Alertou que esta situação está a "empurrar os saharauis para posições extremas e para a radicalização".

 O presidente da Coordenadora Estatal de Associações Solidárias (CEAS) com o Sahara, José Taboada, pediu face ao " próximo ano eleitoral" o voto para "os partidos que defendem a liberdade no Sahara".
O próximo 14 de novembro será uma "data triste", pois em 1975 foram  subscritos os acordos tripartidos de Madrid pelos quais o território [do Sahara Ocidental] ficou debaixo do controlo de Marrocos e da  Mauritânia. Não obstante, referiu que em Espanha "há um novo cenário político, uma nova realidade que se abre" e lamentou que as cúpulas dos partidos maioritários façam uma "política distinta da que pedem os seus militantes".
EFE

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