sábado, 21 de novembro de 2020

Suécia pede a realização de um referendo no Sahara Ocidental como única forma de garantir a livre determinação do povo saharaui

 

A ministra sueca dos Negócios Estrangeiros, Ann Linde, expressou na sexta-feira a profunda preocupação do seu país com os recentes acontecimentos na violação ilegal de El Guerguerat, a sul do Sahara Ocidental, e reitera o seu apoio ao direito à autodeterminação do povo saharaui conforme o estipulado nas resoluções do Conselho de Segurança.

O chefe da diplomacia sueca, em resposta a uma pergunta da deputada Lotta Johnsson Fornarve, do Partido da Esquerda, indicou que ainda não foi realizado um referendo que estava previsto para determinar o estatuto final do Sahara Ocidental, destacando a necessidade de avançar no reatamento do processo político supervisionado pelas Nações Unidas.

Sobre a situação nas Zonas Ocupadas do Sahara Ocidental, Linde referiu-se ao último relatório do seu ministério sobre direitos humanos, democracia e Estado de direito no Sahara Ocidental, publicado em junho de 2020, que indicava a ocorrência de violações dos direitos humanos na região, detenções arbitrárias de defensores da autodeterminação e penas de prisão de jornalistas por cobrirem as manifestações.

Sobre as violações dos direitos humanos nas Zonas Ocupadas, a ministra disse que o seu país considera que a fiscalização dos direitos humanos deve ser incluída no mandato da missão da MINURSO.


Plenário do Parlamento Sueco

Questionada sobre se a Suécia está em contacto com a Espanha a respeito da sua responsabilidade no Sahara Ocidental como ex-potência colonial, disse que a ministra disse que a Suécia mantém um diálogo permanente com representantes da Espanha sobre a situação no Sahara Ocidental, especialmente nas Nações Unidas.

A deputada Lotta Johnsson Fornarve, comentando a resposta da Ministra dos Negócios Estrangeiros, sublinhou que os acontecimentos recentes e as razões que levaram à quebra do cessar-fogo são directamente atribuíveis ao fracasso das Nações Unidas e do Conselho de Segurança para impor a organização do referendo de livre determinação.

Fonte: SPS

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