O Makhzen desenvolve uma enorme campanha publicitária sobre alegadas
realizações do rei Mohamed VI na cena política e diplomática. Mas a campanha de
"popularização" do Rei de Marrocos aumentou significativamente desde
o chamado caso Danielgate.
Com efeito, o indulto concedido ao pedófilo iraquiano-espanhol
levou a um rombo na popularidade de Mohamed VI. Pela primeira vez, milhares de
marroquinos manifestaram-se contra a decisão do rei de agraciar um criminoso. O
golpe foi tão forte que o jornalista Ali Anouzla pagou pelo sucedido, porque foi
o seu site que revelou a verdade sobre o perdão ao pedófilo.
Cada vez mais impopular e criticado pela corrupção que
rodeia o palácio, o rei Mohamed VI adicionou a repressão e as violações dos
direitos humanos em Marrocos e no Sahara Ocidental, a ponto de irritar o seu
primo, o príncipe Hicham Alaoui, conhecido pelas suas posições contra a deriva
ditatorial de Mohamed VI.
O príncipe Moulay Hicham ben Abdellah el-Alaoui
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O príncipe Hicham vai publicar em abril de 2014 as memórias
da sua infância num livro intitulado "Journal d’un prince banni" (Diário
de um príncipe banido”). Uma publicação cujo impacte arrisca ser semelhante ao livro
"Notre ami le roi", do francês Gilles Perrault (Edições Gallimard,
1990). A publicação do "príncipe vermelho" promete muitas revelações
sobre a corte dos dois reis Hassan II e Mohamed VI.
A militante dos direitos humanos Khadija Riyadi acaba de
lançar uma pedrada no jardim de Mohamed VI com as declarações que fez à
imprensa. Em entrevista que concedeu ao website «Goud», Khadija afirma que
eventuais felicitações reais pelo seu prémio são "secundárias" e
"formais". Pior ainda, ela ousou um crime de lesa majestade ao
acrescentar que não lhes dá "qualquer importância".
Khadîja Ryadi acaba de receber o prémio das Nações Unidas
para os direitos humanos 2013. O seu prémio foi realmente ignorado por Mohamed VI.
Fonte: Fonte Diaspora Saharaui
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