O ministro de Negócios Estrangeiros da República Árabe
Saharaui Democrática (RASD), Salem Ould Salek, pediu ontem à comunidade
internacional que assuma a sua responsabilidade e pressione Marrocos para que
retire as minas antipessoal colocadas no Sahara Ocidental desde 1975.
“Peço aos Estados participantes no 13º encontro da Convenção
sobre a Proibição de Minas Antipessoal (que se celebra neste momento em Genebra)
e a toda a comunidade internacional que forcem o ocupante marroquino a limpar as
centenas de zonas onde semeou minas desde o início da ocupação em 1975″, afirmou.
O dirigente saharaui denunciou que estos artefactos matam e
ferem diariamente civis saharauis nos territórios ocupados e nas zonas libertadas
do Sahara Ocidental, segundo informou a agência estatal argelina de notícias,
APS.
“Cinco pessoas, entre elas duas crianças, membros de uma mesma
família, morreram em novembro por causa de uma mina na região de Geltat Zemur”,
referiu, afirmando ainda que existem cinco milhões minas colocadas nos territórios
saharauis.
No total foram identificadas 256 zonas minadas nos territórios
saharauis, que provocaram um total de 2.500 vítimas desde a ocupação marroquina
da zona em 1975 até à atualidade.
Por último, Ould Salek pediu à comunidade internacional que
exija a destruição do “muro da vergonha”, erigido ao longo de mais 2.700 quilómetros
“para evitar que o povo saharaui se mova livremente no seu próprio território”.
Fonte: lainformacion.com / Europa Press
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