O Parlamento Europeu aprovou [no passado dia 10 de dezembro] um acordo de pescas com Marrocos que viola o direito internacional, legitima a ocupação do Sahara Ocidental e “consegue até ser mais original do que o acordo celebrado pelos Estados Unidos, que deixou de fora as águas” daquele território, acusou Marisa Matias [representante do Bloco de Esquerda e deputada do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde].
“É preciso decidir de
uma vez por todas se para a União Europeia e as instituições europeias vale a
pena lutar pelos direitos humanos”, desafiou a eurodeputada do Bloco de
Esquerda depois de “um voto em que o Parlamento Europeu decidiu ficar do lado
do opressor”.
No mínimo, a União Europeia deveria ter deixado as águas do
Sahara Ocidental de fora de um acordo de pescas com Marrocos”, disse Marisa
Matias. “Marrocos negoceia recursos que não são seus, inclui as águas do Sahara
Ocidental, que também não lhe pertencem”, acrescentou Marisa Matias, por isso a
União Europeia “legitimou a ocupação desse território”.
Tal decisão, recordou a eurodeputada, “é ilegal à luz do
direito internacional, viola decisões do Tribunal Internacional de Justiça e
viola várias resoluções da ONU”. Marisa Matias sublinhou que o Parlamento
Europeu “podia ter apoiado a democracia, os direitos humanos e a liberdade, mas
preferiu ficar do lado do opressor”.
Fonte: Esquerda.net
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