sexta-feira, 8 de março de 2013

Aminetu Haidar ouvida na Audiência Nacional (Espanha)



A ativista saharaui dos direitos humanos Aminetu Haidar será ouvida na Audiência Nacional (Supremo Tribunal de Espanha) sobre genocídio marroquino no Sahara Ocidental.

A defensora dos direitos humanos saharaui prestará declarações na próxima 4.ª feira na Audiência Nacional (Supremo Tribunal de Espanha) contra altas individualidades de Marrocos acusadas de genocídio no Sahara Ocidental. O processo aberto na Audiência Nacional por genocídio e torturas cometidos no Sahara Ocidental entre 1976 e 1987 volta a ganhar um novo impulso quatro anos e meio depois de várias associações de familiares de presos e desaparecidos terem apresentado queixa. A investigação incide sobre 13 altos responsáveis marroquinos, entre eles, Hosni Bensliman, chefe da Gendarmeria Real, nomeado pelo monarca marroquino em 1985. Trata-se do único alto cargo da segurança nacional nomeado ainda por Hassan II que se mantem ainda no cargo durante o reinado de Mohamed VI. Sobre Bensliman pesa ainda uma ordem de detenção internacional emitida por França pela sua alegada implicação no assassinato do opositor marroquino Mehdi Ben Barka, em 1965.

O juiz espanhol Baltasar Garzón abriu o processo em 2007, mas a instrução ficou paralisada após uma comissão rogatória solicitada a Marrocos em outubro de 2008 nunca ter sido respondida. O substituto de Garzón, Pablo Ruz, reativou em novembro a investigação e citou 14 testemunhas saharauis. A ação foi interposta em setembro de 2006 contra 31 marroquinos a quem se responsabilizava do desaparecimento de 542 pessoas depois da Espanha ter abandonado o Sahara Ocidental em 1975. 

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