As negociações para um novo acordo de pesca falharam, pela
enésima vez, devido à recusa marroquina de incluir uma cláusula que permitia à população
do Sahara Ocidental beneficiar das receitas do acordo. Um gesto que reflete as reticências
da instituição europeia a reconhecer a soberania de Marrocos sobre o antigo Sahara
Espanhol.
Num relatório sobre a política de vizinhança com Marrocos, a
Comissão Europeia sublinha que Marrocos promete coisas, mas no momento de pôr
em aplicação as suas promessas, as autoridades marroquinas fazem marcha atrás.
O relatório anual « Mise œuvre de la Politique Européenne de
Voisinage au Maroc : Progrès réalisés en 2012 et actions à mettre en œuvre »
publicado no dia 20 de março aborda com precisão cirúrgica todos os aspetos da
política marroquina e sublinha a falta de seriedade nos compromissos de Marrocos.
A falta de credibilidade de Marrocos junto da União Europeia
foi também objeto de uma declaração do Comissário Europeu para o Alargamento e a
Política Europeia de Vizinhança, Stefan Füle, a propósito da recente expulsão de
quatro eurodeputados que pretendiam visitar o Sahara Ocidental. A este
propósito Stefan Füle pediu às autoridades marroquinas de fazerem prova de «maior
sinceridade» nas suas relações com as instituições europeias.
"As autoridades desse pais devem fazer prova de maior sinceridade
nas suas relações com as instituições europeias . Não devem haver tabús nas
nossas relações com Marrocos e este país deveria abstar-se de colocar
obstáculos à sidas e vindas de membros do Parlamento europeu ou de qualquer
outra instituição europeia que queira fazer uma qualquer missão em Marrocos",
acrescentou.
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