O Enviado Pessoal do SG da ONU para o Sahara Ocidental,
Christopher Ross, afirmou terça-feira à noite, no final da visita aos campos de
refugiados saharauis, que esta se inscreve "no quadro do seu novo périplo,
que visa a procura de soluções para a questão do Sahara Ocidental em
conformidade com as decisões do Conselho de Segurança ".
"A situação grave na região do Sahel apela, mais do que
nunca, a uma solução urgente", afirmou Ross antes de precisar ter "tido
reuniões com a direção da Frente Polisario e o seu secretário-geral, Mohamed
Abdelaziz, e representantes da sociedade civil para conseguir os meios
apropriados de impulsionar o processo de negociações".
"Os resultados da minha viagem que me levará a Nouakchott
e depois à Argélia serão apresentados ao Conselho de Segurança no dia 22 de
abril", sublinhou.
Por seu lado, o encarregado da comissão nacional saharaui para
o referendo, M’hamed Kheddad, disse que a reunião entre o Presidente saharaui
Mohamed Abdelaziz e o enviado da ONU focara-se nas ações que este contava
empreender no quadro da sua abordagem de descolonização do Sahara Ocidental, na
base do direito do povo saharaui à autodeterminação.
Os principais países do Conselho de Segurança estão convencidos
da necessidade de encontrar uma resolução rápida para a questão do Sahara Ocidental",
referiu citando o enviado pessoal do SG da ONU que submeterá o seu relatório ao
Conselho de Segurança.
Acrescentou que Ross "está pensando em adotar um novo
método de negociação através de reuniões e consultas com as partes interessadas
na base de deslocações, incluindo ao Saara Ocidental na expectativa de uma nova
ronda de negociações."
"O secretário-geral da Frente Polisario reiterou a Christopher
Ross, a vontade da Frente em prosseguir a sua colaboração com as Nações Unidas,
qualificando a inércia atual de inadmissível. Cada dia que passa descredibiliza
o Conselho de Segurança e as Nações Unidas", afirmou ainda.
"É inconcebível que as Nações Unidas permaneçam silenciosas
face ao que se passa no Sahara Ocidental, como sejam as violações flagrantes dos
direitos humanos e o processo iníquo sancionado com pesadas penas contra os militantes
saharauis do acampamento de Gdeim Izik", afirmou M. Kheddad.
O mesmo responsável indicou também que o Presidente saharaui
apelou às Nações Unidas a assumirem plenamente as suas responsabilidades a este
propósito encontrando mecanismos de vigilância dos Direitos do Homem.
Fonte: agência APS
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