O comunicado do chamado Grupo de Amigos do Sahara Ocidental
(EUA, França, Reino Unido, Rússia, Espanha) é significativo e sem precedentes.
A ONU pretende uma resolução para o conflito do Sahara Ocidental que remonta há
quase 40 anos.
Os membros citados do Conselho de Segurança exigem às partes
que demonstrem "flexibilidade nas negociações com a equipa do Enviado
Pessoal e entre elas, na esperança de sair do impasse atual em que se encontram
e encontrar soluções políticas satisfatórias". Claramente um aviso enviado
para Marrocos, cuja imprensa havia tomado novamente por alvo o diplomata dos
EUA.
O comunicado data de 15 de março de 2013, mas foi publicado
no website da Embaixada dos EUA das Nações Unidas a 19 de março. Um atraso de
quatro dias, o que deixa espaço para perguntas. Foi por causa da decisão do Rei
de Marrocos de se esquivar ao Enviado da ONU? Foi por descuido? Esperavam o
acordo da França ao comunicado?
Em qualquer caso, o que está claro é que o Conselho de
Segurança quis recordar o seu apoio ao mediador da ONU que voltou a sofrer a
ira do governo marroquino.
O homem de ferro está de volta com seu habitual sorriso. As
autoridades marroquinas têm aparecido como anões face ao tamanho de um homem
determinado a implementar as resoluções da ONU sobre o Sahara Ocidental, e em
primeiro lugar o direito inalienável do povo de decidir ao seu destino.
Aborrecidos por uma derrota profunda, tentam através dos seus
agentes localizados em jornais como o Al-Quds e Elaph fazer passar a mensagem que
o diplomata americano traz uma proposta baseada numa confederação. Como prova,
apresentam a sua recente visita à Suíça. Como se o Sr. Ross precisasse de ir a
Genebra para ter uma ideia do que é um Estado federal à imagem da sua terra
natal, os Estados Unidos. Rumor
rapidamente negado pelo enviado da ONU.
Por este rumor, Marrocos reconhece implicitamente que a sua
proposta de autonomia está enterrada para sempre e propõe, com uma oferta, uma
solução "mais generosa ainda". Rabat está pronta a fazer qualquer
coisa para ganhar o reconhecimento da soberania de Marrocos sobre o território
do Sahara Ocidental. Mas a comunidade internacional está comprometida com seus
princípios e com a paz na região. Razão pela qual Ross continua repetindo que o
conflito do Sahara Ocidental é uma ameaça para toda a região. E isso é de facto
verdade, enquanto a vontade dos saharauis não for respeitada.
Aqui do Brasil e acompanhando o desenrolar dessa situação difícil, mas esperançoso por uma solução de Paz e liberdade para a RASD! abraços!
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