1. O ilegal, imoral e sumaríssimo julgamento militar contra os
25 saharauis do acampamento de Gdeim Izik e suas desmesuradas penas.
2. O périplo de Christopher Ross pela região e o desenrolar do mesmo
em cada paragem, assim como os temas tratados com seus distintos
interlocutores.
3. As importantes declarações do ministro saharaui dos Negócios
Estrangeiros.
4. A deslocação de imensos efetivos policiais marroquinos, apoiados
por um grande número de “presumíveis colonos” para intimidar e amedrontar a população
saharaui e especialmente os ativistas de Direitos Humanos.
5. A inutilização da cinta transportadora de fosfatos, um ato,
uma chamada de atenção aos usurpadores e aos compradores do usurpado.
Todos estes fatores, não são mais que claros indicadores da
intensidade da luta do povo saharaui, e o nervosismo e a improvisação do governo
marroquino ante a determinação e a resistência saharaui, por um lado, e a sua frustração
no seu empenho de desestruturar e acabar com a identidade saharaui.
Mas todos estes acontecimentos são também um motivo de
preocupação especial para a que é designada por “comunidade internacional”, que
está vendo que a luta pacífica dos saharauis nos territórios ocupados e a vontade
política da Frente Polisario estão cada vez mais irmanados, enquanto tanto uns
como outros não excluem qualquer outra tipo de luta para impor a vontade do
povo saharaui sobre todo o território do Sahara Ocidental, ante a timidez e a
falta de contundência das resoluções da ONU.
Além disso, os constantes protestos e manifestações nos
territórios ocupados, apesar da brutalidade da repressão das mesmas, são a
resposta ao fantasma com o qual a França nos quer intimidar, chamar a atenção
da opinião internacional e, assim, desviar a atenção mundial, mas a ênfase
principalmente regional sobre o perigo ela própria criou na região, e, assim,
tentar impor uma solução para o conflito do Sahara que não passe pela opção da
independência.
São também estes fatores, a prova da importância do papel
desempenhado pelo movimento de solidariedade, farto e indignado com a passividade
do governo espanhol na descolonização de sua última colónia e província, onde,
perante a comunidade internacional, continua a ser o administrador "de
jure" do território.
Por
Bachir Lehdad Dadda
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