Devido à sua persistência em continuar a ocupação do Sahara
Ocidental e prosseguir nas violações dos direitos humanos no território,
Marrocos está na mira da comunidade internacional.
O Parlamento Europeu, o Conselho de Direitos Humanos das
Nações Unidas, a Amnistia Internacional, Human Rights Watch, o relator especial
sobra Tortura da ONU Juan Mendez, Ban Ki-moon, todos denunciaram as práticas
desumanas de Marrocos no Sahara Ocidental contra uma população civil inocente
que apenas reivindica o direito legítimo de protestar e se expressar.
Mesmo a presença do Enviado Pessoal do SG da ONU para o Sahara
Ocidental, Christopher Ross, não dissuadiu as autoridades marroquinas.
Em vez de olhar de frente para a realidade, o governo
marroquino persiste e prossegue na linha de conduta que consiste em enganar a
opinião pública sobre a verdade do conflito que opõe Marrocos e os saharauis.
Em vez de fazer autocrítica, Rabat levanta o espantalho da
Argélia. Sempre que a questão do Sahara Ocidental é analisada no Conselho de
Segurança, Marrocos instrui as suas marionetas nos órgãos de comunicação social
e meios associativos de se “atirarem” à Argélia. O primeiro-ministro
marroquino, Benkirane, o ministro de Negócios Estrangeiros e até mesmo o rei
Mohamed VI participam na campanha a fim de assegurar o silenciamento do povo
marroquino e o seu apoio à louca aventura do Sahara.
Depois de perder todas as batalhas na questão saharaui, para
Rabat seria um pesadelo também perder o apoio do povo marroquino, especialmente
agora que o Makhzen está enfraquecido pelos ventos da Primavera Árabe.
Assim, a Argélia é acusada de estar por trás do Centro
Kennedy para a Justiça e os Direitos Humanos, de estar por trás do ator
espanhol Javier Bardem, de estar por trás da derrota de Marrocos no Fórum
Social Mundial de Tunes etc. Mesmo o Enviado da ONU não escapou à ira de um
governo desesperado que dispara em todas as direções para justificar a sua
obstinação contra a vontade da comunidade internacional.
Fonte: La Tribune du Sahara
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