domingo, 31 de março de 2013

A teimosia leva o Makhzen ao desespero




Devido à sua persistência em continuar a ocupação do Sahara Ocidental e prosseguir nas violações dos direitos humanos no território, Marrocos está na mira da comunidade internacional.

O Parlamento Europeu, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, a Amnistia Internacional, Human Rights Watch, o relator especial sobra Tortura da ONU Juan Mendez, Ban Ki-moon, todos denunciaram as práticas desumanas de Marrocos no Sahara Ocidental contra uma população civil inocente que apenas reivindica o direito legítimo de protestar e se expressar.

Mesmo a presença do Enviado Pessoal do SG da ONU para o Sahara Ocidental, Christopher Ross, não dissuadiu as autoridades marroquinas.

Em vez de olhar de frente para a realidade, o governo marroquino persiste e prossegue na linha de conduta que consiste em enganar a opinião pública sobre a verdade do conflito que opõe Marrocos e os saharauis.

Em vez de fazer autocrítica, Rabat levanta o espantalho da Argélia. Sempre que a questão do Sahara Ocidental é analisada no Conselho de Segurança, Marrocos instrui as suas marionetas nos órgãos de comunicação social e meios associativos de se “atirarem” à Argélia. O primeiro-ministro marroquino, Benkirane, o ministro de Negócios Estrangeiros e até mesmo o rei Mohamed VI participam na campanha a fim de assegurar o silenciamento do povo marroquino e o seu apoio à louca aventura do Sahara.

Depois de perder todas as batalhas na questão saharaui, para Rabat seria um pesadelo também perder o apoio do povo marroquino, especialmente agora que o Makhzen está enfraquecido pelos ventos da Primavera Árabe.

Assim, a Argélia é acusada de estar por trás do Centro Kennedy para a Justiça e os Direitos Humanos, de estar por trás do ator espanhol Javier Bardem, de estar por trás da derrota de Marrocos no Fórum Social Mundial de Tunes etc. Mesmo o Enviado da ONU não escapou à ira de um governo desesperado que dispara em todas as direções para justificar a sua obstinação contra a vontade da comunidade internacional.

Fonte: La Tribune du Sahara

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